terça-feira, 7 de julho de 2009

Borracha.

“ A passagem de um ciclo intensificou-se com cada lágrima que deitei. O fogo de artifício deu lugar ao fim. Desejei comemorar tal como a chuva de cores no céu fazia, mas não consegui. Limitei-me a contemplar a felicidade, como sempre fiz, e a deixa-la ir embora.

No final, deixei a esperança e uma rosa branca. “

Caminhava sobre a aprovação e o barulho intenso do fogo do céu. Não me apetecia ir embora, mas sabia que o tinha de fazer. Sabia que tinha de dizer não, quando queria dizer sim. Sabia que tinha de avançar para a frente quando gostaria de voltar atrás. Sempre soube mas sempre ignorei. O derradeiro momento parecia sempre longe aos meus olhos. Mas ele chegou e não há como o evitar. Esqueceste-te de mim quando todos se lembraram. Apagaste-me tal como te apaguei. Agora, que queria que fosses meu, já não és mais.

Mas alguma vez foste?

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