Repete-se a despedida. Repete-se o Adeus e o nunca mais. Repete-se o amor magoado, o amor eterno e o amor desigual. Repito-me eu sem que nos tornemos a repetir. A mesma histórias com diferentes finais. Modificadas personagens e diversos momentos. Escrevo-te, porque a parte preenchida por ti, continua maior do que todas as outras. Escrevo-te, porque a esperança é sempre maior do que a tristeza. Escrevo-te, porque hoje não me apetece dizer fim, mas sim ate já. Porque afinal, nunca reconheci o final como eterno, mas sim como passageiro.
Hoje, vou ser única, singular. Hoje, vou amar e deixar amar. Hoje, vou ser do Mundo e deixar de ser tua.
Larga-me. Hoje o final é meu e a história é tua.
Larga-me, hoje o olhar é meu e o corpo é teu.
Larga-me, hoje vou dançar e tu morrer.
Larga-me, porque hoje, e só hoje, a justiça só existe para um, a vitória é minha e a derrota tem o teu nome.
Amanha, vou dançar para outro final. Outra personagem e outro amor.
Amanha, vou olhar para trás, vou desesperar e gritar pelo nome que renunciei.
E tu, vais abraçar-me, agarrar violentamente a minha cintura e beijar-me o pescoço. Vais olhar-me nos olhos e desejar que diga o teu nome. A sala estende-se a nossa frente na escuridão da noite. O vinho espalhado no chão serve de armadilha. O vermelho predomina no corpo e na alma.Vamos dançar o amor, a alma, o corpo e a paixão. Vamos deixar a loucura viver. O tango dança-se com uma rosa vermelha, e eu, já a tenho.
Danças comigo?
Danças comigo?
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