segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Meu Querido Todas as ressacas são longas e todos os vicios são dolorosos. Todas as manhas são o teu despertar e todas as noites são a tua realidade. Iludir a vida não é um jogo, é uma obrigação. Viver de palavras não é opcçao, é destino. Ama-la não é um paraiso, é o pecado mais doloroso. E apesar de pecares todos os dias, não te posso odiar e tu não pedes perdão. Continuas a amar. A única escolha que tinhas não era viver da cobardia. Era sobreviver a ela. E de todas as vidas que pensar viver. Todos os amores que julgar poder ter e de todas as mulheres que poderás amar, lembra-te, vais amar todas elas, viver o quanto poderes e te-las quando quiseres, mas tens apenas uma vida. E ela já a consumiu. E enquanto te afundas, lentamente, embalado ao som da maré, eu observo te indefeso e ingenuo. A arma dos fracos é a arrogancia dos ignorantes. A superioridade dos mediocres e o abismo dos poetas. Não existem derrotados, apenas vencedores. Não existem grandes amores, apenas grandes paixoes. Não existem grandes historias, apenas grandes finais. Não existem dois apaixonados, apenas um sonhador. Vive do que tens e idealiza o que nunca chegarás a ter. Assume que não és homem e torna-te num. Podes não voltar a ter tudo aquilo que te foi consumido, mas podes tornar te no vicio de alguem. Podes não voltar a ter um caminho a percorrer. Mas podes ser o caminho de alguem. Podes não viver outra vida, outro corpo ou outra alma mas não morras em vida. Morre pela vida.