domingo, 28 de fevereiro de 2010

Caça

Percorres a rua, apressada. Nunca olhas para trás. Sabes que as sombras que te perseguem não deixam que mais ninguém se apodere de ti. Chegas onde a musica se confunde com o coração, e entras, como soubesses que ele te espera. E espera.
De repente, apercebes-te que te encontras no sitio onde os vícios se confundem com as necessidades. Tentas sair, mas já no consegues. Então resignaste inconformada ao teu pior destino, e invertes o poder. Tornas-te a caçadora do pecado que tu própria anseias cometer. Tornas-te no teu pior pesadelo. E gostas. Porque não há desculpas para não o fazer, apenas enganos de alma.


‘ Tornei-te, sem querer, na vitima marcada como um igual. Agora, que sei que tens o nome do pecado, cuida-te. Porque o veneno foi lançado, e já te corre nas veias. Aproximas-te devagar, como se tivesses receio. Mas não tens. Olhas o que queres e escondes com palavras. A mim, não me enganas, resta saber quem é que enganarás. Lancei-te como peão. Quanto tempo demorarás a ser Rei? ‘

E tu continuas serena, como se a morte não te esperasse. Encaras o desafio como forma de sobrevivência, e esqueces-te de viver. Entregas-te de corpo, e vendes a alma. Só assim és feliz, e fazes os outros infelizes, tal como gostas.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Segredos do Mundo.




Impressões.



Egocentrismo





Life Is Music.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Ódio

Apoderou-se de mim de uma forma brusca e inesperada. As atitudes pelas quais era julgada assombravam-me muito mais a mim do que a qualquer outra pessoa. O corromper de mais uma vida humana, não me faz sentir tão forte quanto o esperado. O efeito foi o oposto. Senti-me mais vulnerável. Mais sozinha. Mais triste. Mas assim foi. Mais uma vez, deixei que o corpo comandasse os actos e que levasse a mais uma noite de imprudências. Mas desta vez, não fui eu que não me perdoei. Foram os outros. A emancipação de um sonho antigo acabou por acontecer aos meus olhos e a entrada do coração. Não chorei. Mas senti um agradável sentimento de ódio a espalhar-se, como se me tivesses dado a provar o melhor dos teus venenos. Afastar-te através do ódio, é mais fácil do que através da saudade. Delicio-me nos momentos cruciais, em que finalmente, me torno mais forte como doença, e não como a sua cura.
Sarei as feridas que abriste, e cobri-as com o ódio que me desejaste. Apaguei o amor saudoso, e dei boas vindas á pessoa que realmente és. Divirto-me com as tuas façanhas de criança, vestido no corpo de homem. E tu, sobrevives aos meus jogos de liderança. Não sou tua, mas tu pensas que sim. E eu deixo-te pensar, sem que te apercebas, que vais lentamente naufragando.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010



E quando a noite não chega?

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

FUGA

Debati-me contra o desejo insano de fugir. Não queria, mas apetecia. A tentadora ideia de deixar todos os erros para trás, aliciou-me. Mas não o fiz. Tentativas? Não faltaram, mas a ideia macabra de que a vida é assim mesmo, assustou-me. De nada me vale fugir, sempre que tentar. A fuga cobarde, é a vitória fácil de outros.
Então, acordei, no meio de mais uma aula sem nome, e decidi vingar o destino, tornando-o naquilo que eu quero, e não naquilo que eu escolho. Porque as escolhas, essas, foram feitas há demasiado tempo, mas o destino ainda está por escolher. E eu escolho dar-lhe vida, e tratá-lo como um igual, antes que ele me escolha a mim como a sua morte .

Vou ser Dona De Algo Sem Nome. Porque Fui Eu que Escolhi Amar A Odiar.

domingo, 7 de fevereiro de 2010









Conheces-me tão bem

' Quem não tem cão, caça com gato'

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Verdades

Sentei-me na cadeira, perdida. A música nostálgica invade-me o quarto e a alma. Mas desta vez, é diferente. Apenas a saudade predomina nas paredes. Esperanças? Nunca mais. Perdia-as no momento que te renunciei. E apesar de ter sido o que mais me custou fazer, não foi em vão. Ontem, vivi um passado apagado, uma última vez. Dei-te chance de pertenceres uma vez mais ao meu presente, sem suspeitares que não serás o futuro. Afinal, as oportunidades perdem-se com a razão. E nós, nunca a tivemos. És irresistivelmente fraco. E isso, possui-te. Renuncio-te, sem te desejar. Amo-te sem te adorar. Odeio-te sem me vingar. Damos os vivas do nosso fracasso, e beijamo-nos arrependidos. Mudaste de sabor quando finalmente, deixaste de ser proibido.

Detesto ver-nos a naufragar na razão. Mas todas as histórias têm um final, e nós, acabamos de escrever o nosso. E ambos sabíamos que não iria ser um final feliz.

Morremos nós, mas fica o diário. Algumas recordações precisam de viver comigo.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010




Momentos de horas vagas.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Rainhas

Podia entrar no teu jogo de glória. Mas não entro. Ou jogas, ou morres, Fazer batota a ti não te chega. Querias jogar um jogo de duas rainhas . Mas sabes que mais? Dispenso a coroa para a desgraçada que fizer de ti Rei. És a pessoa que procuro na Multidão, sem saber nem suspeitar de que nunca mais sairás dela. Vejo-te afastar como quem vê afastar um fantasma, e o coração torna-se pequeno demais para tudo o resto. Não tenho espaço para mais um crime, e tu jogarias até a morte me levar. Continuarias com espaço para mais uma rainha, e eu teria de ceder o meu Rei.

Não quero fazer de ti aquilo que és, apenas te quero tirar a coroa que te coloquei. E nunca mais voltar a pensar em ti.