quarta-feira, 12 de maio de 2010

A Geração Nunca Mudou.

A admiração cedeu o lugar à realidade. Idolatrei demasiado todas as origens do ser. Valorizei a Terra, as vidas e as pessoas. Cedi perante uma fantasiosa miragem. Agora, neste estado de lucidez precária, aterrorizei-me pela tua omnipresença. Senti-me, finalmente, a ser violada pelas palavras da tua Rua. Da tua Vida. Da tua boca. Senti-me esquartejada pela tua presunção. E mais tarde, aterrorizada, por nunca conseguires dar a cara de demónio. Movimentas-te na sombra, quando eu te quero caçar em plena luz do dia. Já reinei nas tuas sombras, mas tu, nunca conseguirás vencer-me sobre a luz.
Mas não te importas. Tu és omnipresente, omnisciente, omnipotente. Tu, tens o poder de tirar a vida.E jamais as devolves. Mas deves-me a minha, e isso, nunca te vou perdoar. Despede-te das tuas sombras vitoriosas, vais conhecer a minha luz. E nunca foste preparado para isso.

‘ Um dia, vais-te embora. Vais sair da Terra e da vida deles. Vais te sentir demasiado livre, e vais sentir falta da tua droga. Mas não te importas, porque no dia em que isso acontecer, serás tu o vicio que eles perderam’

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