sábado, 8 de janeiro de 2011

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Na verdade, sinto me completamente perdida. Perdi-me do Mundo, sem perceber que continuo a girar com ele. Permaneço na luta constante entre o bem e o desejo que me consome. Entre aquilo que sou e aquilo que me posso tornar. Aquilo que me podes tornar. Continuo indecisa nos dois Mundos, apesar de já ter escolhido um. Apesar de continuar a atar a corda ao pescoço e a lançar me do alto da falésia. Apesar de já ter dito o sim, antes de dizer o Não.
E naquela noite, apenas existia o inicio de tudo aquilo que o meu conto de fadas desejou. Existia o inicio daquilo que idealizava. Existia a prova final. Será que as coisas que mais desejamos são aquelas que mais queremos? Será que aquilo que consideramos o correcto pode apenas pertencer a uma ilusão coerente que nos atinge nos momentos de solidão?
E depois de te dizer sim, és meu, e eu nem te pedi. Entregaste-te de uma forma vulnerável e sedutora. E eu apenas me deixo contagiar. Deixo te que me pertenças sem te querer largar. Deixo te que penses que sou tua. Até eu conseguir pensar da mesma forma. Até me despedir da solidão que tanto gostava. Da vida que condenava. Deixo-te que me comandes, ate eu desejar.
A indecisão não existe. Apenas receio daquilo que pode ser, sem eu saber sequer como agir. O medo de tornar real o sonho apoderou-se de uma forma destrutível, viciosa, sedutora e irresistivelmente inegável. Eu quero-te. Eu tenho-te. Eu beijo-te quando eu quiser. À hora que me apetecer. No lugar que eu escolher. Porque tu és meu, e porque um dia também vou ser tua. Não interessa quando, interessa apenas o porque. Porque eu sei que te vou amar. E sei que nunca irás estar preparado para isso.

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