sábado, 5 de novembro de 2011

Apenas porque me perdes-te.

Nunca me considerei cobarde. Talvez demasiado receosa . Talvez demasiado preconceituosa. Mas evitar a única cura de todos os meus males, nunca tinha acontecido.
A verdade, apesar de estar demasiado evidente, torna-se demasiado clara quando te escrevo. Quando faço com que todos os pedaços do meu corpo vibrem com as tuas lembranças. Quando faço com que a noite tenha o teu nome. Queria-te, com todas as minhas forças. Em todos os meus sonhos. Mas perco-te, em todos os meus pesadelos.
A verdade? A verdade é que o Mundo jamais esperou por nós. Jamais teve o nosso nome ou jamais se importou com a nossa história. Sou eu, e foste tu. Já não és, e eu perdi-me. A verdade? És demasiado meu. És demasiado apaixonante e demasiado ofensivo. És demasiado para mim e demasiado pouco. És de tudo e um pouco de nada. A verdade? Nunca nos voltaremos a beijar ou a tocar. Olharás para mim com um misto de saudade e arrependimento. Verei, através dos teus olhos, que o desejo desapareceu. A amargura da nossa vida irá atormentar-nos. Porque ser infeliz, é viver no mesmo Mundo em que vives, e jamais poder ser tua. Ser infeliz, é dizer que me perdes-te sem sequer me teres tido. Ser infeliz, é ser feliz com outro que não tem o teu nome, o teu perfume e os teus lábios.

Ser infeliz, é ser feliz sem ti.

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