Nunca me custou tanto. Estás a dar as últimas. Finalmente, vejo-te passar como todos os outros. Não importa. Foste o melhor de todos os melhores. A ti, estarão presas as memórias. Podes fazer parte de mim apenas mais umas horas, mais uns minutos. Exististes.
‘Obrigado por aquilo que vivi, e eu perdoo-te por apenas me dares uma vez num ano.’
domingo, 13 de setembro de 2009
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Está nevoeiro. Todas as sombras da noite atormentam-te o espírito. Tu deixas. Sempre deixaste. Sempre pediste desculpas por seres quem és, e esqueces-te de tentar mudar. Chega. Chega de sentires remorsos por não conseguires. Não mereces tê-los. Nunca mereceste senti-los. Afundas-te ao afundar todos os outros. Mas nunca peças desculpa por isso.
Gosto. Nunca neguei. Sempre gostei de te ver sem fim nem destino. Mudas as personagens e apagas o passado. Não falas de ti, para que ninguém saiba o que foste. O que fizeste. E o que conseguiste. Tentaste vencer as memórias, mas foram elas que te venceram a ti. O mundo em que vives rompe-se com a dor das tuas mentiras. A metáfora que criaste para a felicidade impede-te de crescer. Parabéns. Vives no engano que desejas criar para os outros. Pergunto-me quando desistirás e tu perguntas-me quando desaparecerei. E eu digo-te, desaparecerei quando encarares o medo como um desafio, e não como uma derrota. Quando decidires ser gente, e parar de ser uma personagem de um livro com um final feliz.
Odeio-te demais para te conseguir amar.
Gosto. Nunca neguei. Sempre gostei de te ver sem fim nem destino. Mudas as personagens e apagas o passado. Não falas de ti, para que ninguém saiba o que foste. O que fizeste. E o que conseguiste. Tentaste vencer as memórias, mas foram elas que te venceram a ti. O mundo em que vives rompe-se com a dor das tuas mentiras. A metáfora que criaste para a felicidade impede-te de crescer. Parabéns. Vives no engano que desejas criar para os outros. Pergunto-me quando desistirás e tu perguntas-me quando desaparecerei. E eu digo-te, desaparecerei quando encarares o medo como um desafio, e não como uma derrota. Quando decidires ser gente, e parar de ser uma personagem de um livro com um final feliz.
Odeio-te demais para te conseguir amar.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
sábado, 5 de setembro de 2009
Duplo homicidio
A raiva de te ver passa aos poucos, agora que finalmente percebi o quanto ridículo és. Sempre serviste para algo mais do que aquilo que eu estava a espera. Obrigado por me fazeres crescer de uma maneira que tu não consegues. Continuas com o mesmo olhar, o mesmo andar e o mesmo sorriso. A única diferença, é que já nada disso me pertence. Ignorar não torna tudo mais fácil ou facilmente esquecível. Torna-te na criança que sempre escondi por de trás da minha doença. Curei-me de ti e das tuas incómodas lembranças. Finalmente, o passado em que te transformas-te torna o presente mais suportável. Mesmo que estejas nele. Mesmo que ainda sinta o teu perfume. As saudades morreram contigo e com o nosso nós.
Gostei de te sentir. Gostei de te provar. E foi um prazer, matar-te.
Gostei de te sentir. Gostei de te provar. E foi um prazer, matar-te.
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Vestigios
Quando penso que o pesadelo terminou, ele volta. Não arranjo desculpas nem palavras bonitas para descrever. Embelezar tudo demais só torna mais difícil de aceitar.
A perdição levou a desculpa dos actos. Quando pensava que era a ultima vez, eis que alguém me provava o contrario. Sucediam-se as tentativas falhadas de encontrar aquilo que mais queria. O final triste compensava um inicio repentino. A alma solitária desculpava os actos irresponsáveis. Tudo o que ficava para trás morria com o sal e a saudade dos tempos felizes. Adiei demasiado tempo a minha chegada ao mundo real, mas ela acabou por acontecer nas tuas mãos. Em ti, tudo e diferente. Desejar-te não basta para te ter. Finalmente, a verdade do tempo assusta-me como nunca antes me assustou. Dá me os obstáculos mais difíceis e as travessias mais complicadas. Para mim, bastava não contar idades e paixões. Beijos e olhares. Ignorar o que o Mundo se esforça por dizer em acções, e ficarmos pela felicidade aparente da imaginação.
Agora, tento imaginar como seria o decorrer do dia, se não aparecesses na minha vida. Quero-te, mas sei que não posso ter. Então afasto-me, e tenho-te sem te querer. Espero por ti nos cantos e recantos que sei que são teus. E insistes em aparecer nos meus. Não sei até quando durará, mas sei que agora, quero-te para mim. Mordo, mas não te mato. Quero-te vivo, antes de morreres de vez. E sei que nessa altura, será para sempre.
A razão enfraquece, mas não destrói.
A perdição levou a desculpa dos actos. Quando pensava que era a ultima vez, eis que alguém me provava o contrario. Sucediam-se as tentativas falhadas de encontrar aquilo que mais queria. O final triste compensava um inicio repentino. A alma solitária desculpava os actos irresponsáveis. Tudo o que ficava para trás morria com o sal e a saudade dos tempos felizes. Adiei demasiado tempo a minha chegada ao mundo real, mas ela acabou por acontecer nas tuas mãos. Em ti, tudo e diferente. Desejar-te não basta para te ter. Finalmente, a verdade do tempo assusta-me como nunca antes me assustou. Dá me os obstáculos mais difíceis e as travessias mais complicadas. Para mim, bastava não contar idades e paixões. Beijos e olhares. Ignorar o que o Mundo se esforça por dizer em acções, e ficarmos pela felicidade aparente da imaginação.
Agora, tento imaginar como seria o decorrer do dia, se não aparecesses na minha vida. Quero-te, mas sei que não posso ter. Então afasto-me, e tenho-te sem te querer. Espero por ti nos cantos e recantos que sei que são teus. E insistes em aparecer nos meus. Não sei até quando durará, mas sei que agora, quero-te para mim. Mordo, mas não te mato. Quero-te vivo, antes de morreres de vez. E sei que nessa altura, será para sempre.
A razão enfraquece, mas não destrói.
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Nada do que fizeres, construirá o que desfizeste. Nada do que disseres mudará o que já foi dito. Nada do que houver apagará o que já houve. Nada do que amares esquecerá o que não amaste.
Querido, guarda a mascara e o punhal. As rosas e o coração. Mas espera-me. Espera-me como nunca antes me esperaste. Espera-me esta noite nessa cama que nunca foi minha. Nesse quarto que nunca vi. Nessa boca que nunca beijei. Espera-me, não por aquilo que tens, mas sim pelo que não tens. Espera-me, não como se eu fosse outra, mas como se eu me despedisse da personagem. Espera-me, não para compensar a falta de amor, mas sim pela falta que tens deste. Não para me abraçares, mas para te despedires. Não irei fazer promessas. Não irei mentir. Não irei fugir da verdade, como sempre fiz. A verdade simplesmente torna o presente doloroso demais, para ser vivido. Para ser relembrado. Porque, apesar de tudo, as memórias felizes também se apagam. Até mesmo os meus vergonhosos sentimentos. Mas por ti, nada vale a pena. Nem mesmo o amanha, que torna o meu presente tão vazio. Mesmo que ainda estejas nele. Porque por ti, nada é pouco demais para descrever aquilo que espero, e aquilo que tenho. Porque nada, é apenas o medo de que isso seja o nosso futuro. Porque querido, por nós, tudo. Mas por ti, nada.
2008
Querido, guarda a mascara e o punhal. As rosas e o coração. Mas espera-me. Espera-me como nunca antes me esperaste. Espera-me esta noite nessa cama que nunca foi minha. Nesse quarto que nunca vi. Nessa boca que nunca beijei. Espera-me, não por aquilo que tens, mas sim pelo que não tens. Espera-me, não como se eu fosse outra, mas como se eu me despedisse da personagem. Espera-me, não para compensar a falta de amor, mas sim pela falta que tens deste. Não para me abraçares, mas para te despedires. Não irei fazer promessas. Não irei mentir. Não irei fugir da verdade, como sempre fiz. A verdade simplesmente torna o presente doloroso demais, para ser vivido. Para ser relembrado. Porque, apesar de tudo, as memórias felizes também se apagam. Até mesmo os meus vergonhosos sentimentos. Mas por ti, nada vale a pena. Nem mesmo o amanha, que torna o meu presente tão vazio. Mesmo que ainda estejas nele. Porque por ti, nada é pouco demais para descrever aquilo que espero, e aquilo que tenho. Porque nada, é apenas o medo de que isso seja o nosso futuro. Porque querido, por nós, tudo. Mas por ti, nada.
2008
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