terça-feira, 11 de agosto de 2009

Injustiças

Nesta noite triste, dou valor ao antigamente. Sinto-me como se tivesse acabado de perder uma guerra Mundial. Lutava sozinha, e acabei sozinha. E neste momento que todas as frustrações vem ao de cima. Em que os olhos não suportam o peso de tanta lágrima e o corpo tamanho ódio.
As ideias suicidas passam me a uma velocidade alucinante pela cabeça. Uma por uma, tornam se cada vez mais aliciantes. A injustiça apetece-me acabar comigo e com tudo o o que resta. Já não sou eu, e ninguém é comigo. Porque irei eu continuar a viver para quem não quer?
A felicidade escapa-me pelos dedos fechados, como se nunca tivesse existido. Mas houve, e é por isso que agora sinto a sua falta. Não consigo perguntar quando ela virá novamente, só sei que não aguento muito mais esta dor infernal. Quero poupar-me, mas não vos quer poupar. Tal como eu não merecia, vocês também não merecem.




' Sinto-me sufocada pela preocupação de ser uma boa filha, e esquecem se de serem uns bons pais. Vivo aterrorizada com a ideia de vos perder, mas vocês vão me perdendo aos poucos e não se apercebem. Vivo triste com a alegria que me depositam. Nunca me ausentei muito menos deixei de gostar de vocês, mas o crescimento gradual não vos da razão. Eu não quero o Mundo, apenas quero viver nele. Eu não quero ser como elas, apenas quero apreciar com elas. Eu só queria um sim, e a resposta é sempre não.
Um dia mais tarde quando vos perguntarem se terão saudades minhas, vocês dirão sim, e arrepender-se-ão de todos os nãos que me disseram.
'




'Não desperdiçarei muito tempo contigo. Nunca te deste ao trabalho de o fazer comigo. Gostava da felicidade aparente que me davas. Mas descobri que não era só ela que era aparente. Em ti, não se distingue o real. Não se distingue o certo e o errado. Guias-te pelas tuas regras e preconceitos, mas não arrastes os outros contigo. Deixo-te ir a caminhar na direcção do poço, mas não me importo. Afinal, percebi-te antes de me conseguires perceber. Afinal, não eras o labirinto, eras apenas uma direcção. Afinal, eu não era um troféu, era apenas mais uma prova. O Prémio não é teu. A felicidade também não. De mim, tens aquilo que me ofereces. A mentira de ser como tu. E digo-te, sabe bem.'

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