terça-feira, 19 de janeiro de 2010






Chegas de surpresa, como se nao te esperasse há dias e meses. Vestes a tua habitual roupa negra cheia de poder e presunção. Arrastas-me o coração indolentemente, sem pena ou compaixão. Eu sei que sim, que o trazes sempre contigo. Que a cada passo que dás, o punhal da vida arrasta-te uma vez mais ao inferno da morte. E naquela noite branca, foste apenas o mensageiro. Trazias contigo a vontade de morder. E eu, trazia comigo a vontade de te beijar. Falhamos os dois, ao falharmos um com o outro. Nao me conseguiste matar, como todos os outros, e eu, matei-te como nunca antes tinha feito. Os papeis, finalmente, inverteram-se. Vi o meu insano desejo ser concedido sem me despedir de ti. E tu,uma vez mais, falhaste a missão. Porque eu sou imortal, e tu, sabes disso.

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