domingo, 3 de janeiro de 2010
Comemoração
Neste novo ano, em que tudo é esperança e promessa, procuro encontrar algo mais do que aquilo que o ano anterior me trouxe. Desejei-te a felicidade que não me deste, e comemorámos o nosso fracasso. Demos os vivas e deixamos que as peles se tocassem uma vez mais. Sem calor. Sem amor. Sorrimos os dois, arrependidos. Na verdade, não passamos de dois adolescentes. Talvez mais tu do que eu. O corpo de homem que te levanta é o mesmo que te deita abaixo. Esperas encontrar a esperada amada, sem saber se ela chegará a vir. Não sou eu que imploro, és tu que te desfazes. Continuas a evoluir por fora, e a destruir-te por dentro. Nunca te cheguei a salvar porque nunca me chegaste a beijar. Foste tu o monstro e o principie. De agora adiante, o mendigo.
E continuámos a dar vivas como se a noite não caísse. Os corpos não se desejassem e como se eu não esperasse que voltasses a ser aquilo que eu queria para mim. Dizem-nos que quando o ciclo do ano recomeça, a esperança é do tamanho das luzes no céu.
Porque é que a voltaste a matar?
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