quarta-feira, 2 de junho de 2010

Momento

Só por um momento
Despedi-me finalmente
Do teu tormento
Desliguei a electricidade
Que escondias atrás das costas
Nas ruas desta cidade
E quando te vi despido de preconceitos e de toda a felicidade
Gritei

Só mais um momento
Da tua máscara de movimento
Do Divino Amor carnal
E a tua existência teatral

Só mais um momento
Consome-me por inteiro
Sem rastos para apagar
Sem culpas para julgar
Sem nós, para chorar


Destroe-nos, e vive de ruínas
De tramas e partidas
De amores impossíveis
Vence, de cabeça erguida
E em cada ruína, as memorias invencíveis
São o espelho da alma
Porque a alma nunca morre
Apenas sobrevive, e vive por

Mais um momento
Da tua máscara de movimento
Do Divino Amor carnal
E a tua existência teatral

Só mais um momento
Consome-me por inteiro
Sem rastos para apagar
Sem culpas para julgar
Sem nós, para chorar



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tremidélaaas