segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

From Hell, With Love.

As rosas são bonitas, porque não são perfeitas. Porque tudo o que têm de belo, tem de perigoso. Não há ilusão ou engano. Tudo está perfeitamente delineado nos contornos do caule. Primeiro vem a ilusão, só depois a dor de chegar ao perigo. O vermelho é o chamariz, a dor é o vicio permanente. A rosa é o amor eterno.

Cuidado. Cuida de ti e de todos os outros. Não dependes apenas daquilo que és, mas sim de tudo aquilo que fazem de ti. Vamos fingir que tens um nome. Que tens uma casa e que amas alguém. Vamos supor, indiscutivelmente, que assumes uma cara e uma identidade. Que desenhas um Mundo e consegues viver dentro dele. Vamos supor, que vestes-te todos os dias de quem és, e assumes o eterno como um estado de vida e não como um conto de fadas. E eu, vou fingir que te levo a serio. Vou assumir todas as responsabilidades de te ter como minha. E tu vais fazer o que sempre fizeste. Escreves uma carta de despedida, como tão bem sabes fazer. Despes uma vez mais a máscara de ferro perfeita que criaste, e apagas todos os vestígios mal espalhados. Coleccionar identidades não cria sonhos. Cria pesadelos.

E do fundo do Inferno, tu sorris satisfeita. Não és o que querias, mas também nunca foste tudo aquilo que sempre quiseram. Vives para desapontar, nem que para isso, tenhas de te desapontar também. Podes viver no inferno, mas não podes fingir que ambicionas o Paraíso. O que te falta, é a paz que tiras a todos os outros, e nunca chegas a devolver.

1 comentário:

  1. hey, um dia passa por www.parecejunho.blogspot.com e le o ensaio sobre o amor, o que aqui escreves lembra-me tanto o que la escrevi,

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tremidélaaas