domingo, 7 de outubro de 2012

Caminhos

E na euforia dos dias longos e das noites quentes, a tua memoria foi finalmente suprimida. Não apagada nem esquecida. Jamais relembrada ou pouco amada. Apenas dolorosa demais para apagar os momentos felizes. Demasiado impossível para construir sonhos . Demasiado nossa para ser partilhada. De ti, de quem tudo esperei, e por quem tudo chorei, não consigo esperar nada mais. Deste-me toda a dor que poderias ter dado e o escasso amor que nunca prometeste. As promessas ficaram pelo caminho que não quiseste percorrer e apenas se realizaram nos sonhos que ajudas-te a construir. Finalmente, quando as palavras deixaram de ofuscar a verdade, decidi partir em frente. Decidi colocar a razão sobre o coração mal curado. Decidi que existia uma vida sem ti, e tu decidiste que não. Meu amor, a vida é apenas o que fazemos dela. Tu quiseste desistir e nunca o fizeste. Eu desisti de ti quando já não havia mais nada para desistir. Um dia, quando me voltares a ver, finge que não me amas. Finge que não me amaste. Finge que não continuarás a amar. E eu, vou seguir em frente. Não porque te ame, mas porque não fazes parte do caminho.

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