terça-feira, 2 de outubro de 2012

Lembrar-te.

No final do dia. Quando a felicidade transborda do peito, lembrei me da tua presença incomoda nos confins da minha memória. Lembrei-me do parto do coração que acompanha o teu nome e do sofrimento constante das saudades permanentes. Lembrei-me como seria um dia contigo. Mas desisti. Não porque magoava, mas porque simplesmente já não interessava. Desisti, finalmente, de adivinhar um futuro. Desisti, de adiar o presente. E finalmente, desisti de ti. Mas nunca de mim. E agora, onde a Vida caminha ao lado da felicidade. Tenho medo. Tenho muito medo. Mas muito amor. Porque a verdade, é que sempre tive medo daquilo que me faz feliz. Sempre tive medo da saudade da dor. Sempre tive medo de que um dia, as lágrimas secassem. Perdi o medo. Perdi o amor. Perdi as lembranças. Prefiro perder-te e fazer me perder do que lembrar-te todos os dias.

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