terça-feira, 7 de abril de 2009


Finalmente, sinto no ar aquele medo característico que te antecede. A tua chegada em nada mudará a minha vida reconstruída. A tua presença em nada afectará os meus sonhos despedaçados. Trazes o verão contigo em cada poro. Trazes lembranças e memorias esquecidas. Trazes longos meses de separação e momentos passados. Passaram dias e pessoas. Passaram amores e desejos. Expulsei-te há demasiado tempo para conseguires voltar. Derramei tudo o que havia para derramar para sobrar algo de ti em mim. Fui tua. Não sou mais. Aceita a derradeira sentença sem te aproximares demasiado. Não sou forte o suficiente para te expulsar uma segunda vez.
Sabes porque? Porque prefiro a chuva ao sol que trazes contigo. E um sol demasiado brilhante para ser verdadeiro. E um sol de apenas alguns dias. Voltarás a partir tão depressa quanto chegaste. Agora sou eu que te deixo para trás. Mesmo que andes pelas minhas ruas. Pela minha terra. Pela minha vida.

Mesmo que sinta o teu perfume novamente no Ar.

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