sábado, 30 de maio de 2009
So why did I do it? I could offer a million answers, all false. The truth is that I'm a bad person, but that's going to change, I'm going to change. This is the last of this sort of thing. I'm cleaning up and I'm moving on, going straight and choosing life. I'm looking forward to it already. I'm going to be just like you: the job, the family, the fucking big television, the washing machine,clearing the gutters, getting by, looking ahead, to the day you die.
I chose not to choose life: I chose something else. And the reasons? There are no reasons.
terça-feira, 26 de maio de 2009
Céu
Quando me encontrei uma vez mais naquele cemitério, senti-me novamente perto de ti. A tua segunda casa nao me oferece alegrias. Nao tem o teu cheiro. Nao tem o teu rosto nem nunca se lá ouviu a tua voz. O silêncio foi a unica coisa que me ofereceu e que tu me ofereceste ao longo destes dolorosos anos. Apercebi-me que a unica maneira de estarmos novamente os seis juntos, era dirigirmo-nos áquele cemitério.
As horas passadas a olhar para o branco imaculado do teu tumulo em nada diminuiram as saudades que tenho de ti. Pergunto-me se quando alguem olha para ele, conseguem ver, tal como eu vejo, a pessoa que ele cobre. Mas nao veem. Ninguem sabe o que cada pedra protege. O que cada pessoa é. O que cada pessoa foi.
Deixei-te a flor vermelha. Deixei-te o amor, a saudade, o carinho e a tristeza. Nao ficaste comigo, mas eu ficarei sempre contigo. Mesmo que para isso, tenho de me dirigir ali. Onde a morte paira no ar e a tristeza se respira. Porque avô, podem passar dias e anos, mas ainda me lembro de ti. E por cada lagrima que deito, desejo que estivesses aqui. Mas nao estás, e elas continuam a cair, e a pedir em silencio.
Porque o branco imaculado do teu tumulo é apenas isso e nada mais.
As horas passadas a olhar para o branco imaculado do teu tumulo em nada diminuiram as saudades que tenho de ti. Pergunto-me se quando alguem olha para ele, conseguem ver, tal como eu vejo, a pessoa que ele cobre. Mas nao veem. Ninguem sabe o que cada pedra protege. O que cada pessoa é. O que cada pessoa foi.
Deixei-te a flor vermelha. Deixei-te o amor, a saudade, o carinho e a tristeza. Nao ficaste comigo, mas eu ficarei sempre contigo. Mesmo que para isso, tenho de me dirigir ali. Onde a morte paira no ar e a tristeza se respira. Porque avô, podem passar dias e anos, mas ainda me lembro de ti. E por cada lagrima que deito, desejo que estivesses aqui. Mas nao estás, e elas continuam a cair, e a pedir em silencio.
Porque o branco imaculado do teu tumulo é apenas isso e nada mais.
segunda-feira, 25 de maio de 2009
domingo, 24 de maio de 2009
Entrei como se fosse uma intrusa num lugar que não me pertence. E de facto era. Sentei-me na ponta do banco respirando o ar sagrado. Os joelhos bateram no chão com um baque e eu finalmente cedi as evidencias. As lágrimas escorriam pela cara como se sempre ai estivessem estado. E eu deixei. Como deixo sempre. Deixei que finalmente o mundo desabasse. Deixei finalmente que a mascara caísse, e a peça chegasse ao fim. O silêncio fez-me pensar e sentir. A paz invadiu-me como se invadisse o Mundo de repente. Mas o meu mundo chega.
Verdades
A vingança serve-se fria. Não espero nem tenciono esperar. Na verdade, a noite revelou-me mais do que aquilo que eu imaginaria. Revelou-me o verdadeiro sabor dos teus beijos e a essência do teu perfume. Não era um perfume qualquer. Era o teu perfume. Tudo em ti me bastava. Agora já não. Não me bastam os teus beijos e as palavras proferidas em vão. Não me chegam os carinhos e o sabor. Diminuíste de tamanho, e eu diminuo o espaço que tinha para ti.
O criminoso volta sempre ao local do crime, mas nem sempre volta a matar.
O criminoso volta sempre ao local do crime, mas nem sempre volta a matar.
domingo, 17 de maio de 2009
Marés
Continuas a pertencer-me. O único que ainda não sabe, és tu. Ignoras me para te conseguires ignorar. Danças a musica que eu te dou. Lutas pelo beijo que não dou. Sofres por o olhar que não chega. Choras pelo amor que não há. Dou te o dia e a noite. Dou te o mar a praia. Flutuas. E eu continuo a vigiar-te. Apenas quando te tornares num verdadeiro náufrago te salvarei. Até lá, deixo-te á deriva, como me deixaste a mim.
sábado, 16 de maio de 2009
Noites
Hoje chove. Abri a janela e coloquei a mão do lado de fora. A queda de chuva era irregular. Choviam grandes e pequenas gotas. Cobriu tudo com água, como se de repente também o céu me quisesse acompanhar na sinfonia de lágrimas que me cobriam o espírito. Assim sendo, deixei que me fizesse companhia. Choveu toda a noite. Dentro e fora de casa. Eu chorava pelo céu, e ele por mim. De manhã, o sol teimou em secar a água que derramamos. Não conseguiu. Só a chegada do Verão irá conseguir faze-lo.
terça-feira, 12 de maio de 2009
Gostava de saber chorar-te. O meu luto prolongado mantêm-se firme a ti, e preso a mim. Não visto preto, mas carrego-o. Leva o dourado do teu corpo e o verde dos teus olhos para longe da minha vista. Não preciso da áurea da tua felicidade diante dos meus olhos. Não preciso de ouvir o teu nome em cada esquina e ver a tua sombra em cada rua. Sou a sombra da sombra que fomos. Nada mais.
A dolorosa consciência serve me de inspiração e alento para sobreviver apenas com a dor da verdade. Os espaços em branco das palavras que ficaram por dizer foram preenchidos pelo silencio da nossa vida. Não há gritos nem vozes. Há o silêncio de um luto prolongado. Sinto-me num funeral a dois. Tu, que morreste, e eu, que choro por ti.
Pergunto-me quando serei forte o suficiente para te cobrir com terra.
A dolorosa consciência serve me de inspiração e alento para sobreviver apenas com a dor da verdade. Os espaços em branco das palavras que ficaram por dizer foram preenchidos pelo silencio da nossa vida. Não há gritos nem vozes. Há o silêncio de um luto prolongado. Sinto-me num funeral a dois. Tu, que morreste, e eu, que choro por ti.
Pergunto-me quando serei forte o suficiente para te cobrir com terra.
terça-feira, 5 de maio de 2009
O som monótono que se fazia ouvir ritmava o meu corpo. Passava em cima do alcatrão como se pisasse o vermelho. Não queria mas também não fugia. Deixava que tudo de prendesse. Sempre foi assim. Só que nada dura mais do que um segundo. A paisagem abre alas a novos horizontes. Os sons do salto alto deixam de se ouvir e finalmente torno-me na mortal que sempre fui.
Não amo. Não desejo. Não ambiciono. Sou condicionada por o que sou e não pelo que idealizas. Permites acabar um sonho para começares o meu pesadelo. E eu, apenas deixo que ele continue. Sempre assim fomos. Um dia, vou tentar novamente amar-te. Um dia, pode ser que não voltes a fugir *
sábado, 2 de maio de 2009
(A)
Um dia de (a)manha.
Acordei. O aparelho das novidades estava pousado sobre a mesa. Não o esperava nem sequer suspeitava de um sinal de vida teu. Mas ele apareceu sem pedir licença. Lá estava o nome que eu perdi. Lá estava a mensagem esquecida. Lá estavas tu, tão vivo quanto eu. Um sinal, que vem demasiado atrasado para a história apagada.
Mostraste-me que estás vivo, e agora sou eu que me faço de morta. Não vivo no teu Mundo. Não me incluías nos teus sonhos. Não me desfaças na realidade. Perdeste-me depois de te perder. Mas sabes qual e a diferença entre nós? O criminoso volta sempre ao local do crime.
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