sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Sete dias.

Quando assumia a partida como algo inevitável, via a minha própria sobrevivência em risco. Via apenas uma ténue luz de fundo. Via apenas o passado desenhado nos contornos do futuro. Mas não via nada mais. Agora que tudo isso se tornou demasiado real, percebi que custa muito mais do que aquilo que eu própria pensava. Apercebi-me que as horas são dias, e os dias, semanas. Que posso contar todos os dias que faltam, sem me aperceber que aqueles que passam custam muito mais. Posso continuar a sonhar a noite e desesperar de dia. Ou posso não o fazer.
Foste a escolha mais perfeita e mais fácil. O mais difícil, é sobreviver a ela. O mais difícil, é perder todos os dias um bocadinho a tentar lembrar a tua voz e o teu perfume. O mais difícil, é ter-te como memória e não como presente. O mais difícil, é querer te perto e estares sempre longe. O mais fácil, foi apenas gostar de ti.

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