sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Até quando esperas continuar viver? Não podes fingir não compreender o que se passa. Não podes fingir e ser sincera. Não podes dizer a verdade contando mentiras. Dei-te demasiado tempo para te recompores, e tu simplesmente não consegues. Ligaste o piloto automático. Deixa-te apenas respirar. Mas nada mais controla o resto. De noite, os sonhos do dia transformam-se nos teus piores pesadelos. De dia, evitas estar parada um único momento, para que tudo aquilo que ainda resta de ti não te faça mais triste. Para que todas as memoriais que guardas dentro de ti não venham ao de cima, e consigas compreender por quem és infeliz. Por quem te tomas e por quem te tomam. O que perdeste e porque perdeste. Não vives. Vais sobrevivendo, não porque queres, mas porque não te deixam morrer.
De longe, sinto a pena que não devia sentir. A todas as horas te sentas nesta mesma cadeira, a tentar descrever o abismo que te consome. E de todas as vezes, desistes. Vais esquecendo quem és, preferindo o presente indolor do que o passado doloroso. E por mais que consiga compreender, não te consigo perdoar.
Ate quando Rita? Ate quando vais conseguir sobreviver a ti própria? Até quando vais resistir aos contos escritos por ti? Ao poder da persuasão e da infinita imaginação ? A idealização dele apenas te levou para o abismo que tu mesma criaste. Decidis-te que o príncipe que querias, existia. Decidis-te deixar de procurar, e chamá-lo pelo nome. Decidis-te entregar-te de uma vez, e para sempre. E ele apenas decidiu partir. Porque ele podia ser o teu principie, mas tu nunca foste a princesa dele. E isso, é a tua mais dura decepção. É a tua maior conquista. Era o teu melhor perigo. Era o teu maior amor. E tu, eras apenas o maior erro.
‘ Vamos conseguir vencer-nos no dia em que te vir como realmente és, e tu deixares de me ver como realmente sou ‘
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tremidélaaas