terça-feira, 23 de junho de 2009

quelqu'un d'hier

A nostalgia invade-me. A monotonia dos meus dias faz-me pensar mais em ti do que o desejado. Mas não me fazes falta. Apenas as tuas recordações me mantêm viva. Ainda. Consigo sentir te aqui. Consigo respirar o mesmo Ar que tu, e beijar-te ao mesmo tempo. Consigo percorrer todo o teu corpo e desejá-lo para a manha seguinte. Consigo ouvir o teu coração bater e sentir na minha pele o teu suor. Consigo descobrir um padrão na tua respiração acelerada e olhar para a tua danificada alma. Não é minha mas também não a quero. Apenas a desejo no auge dos nossos momentos. No sacrificio dos corpos e na nostalgia da minha solitária alma.
Na verdade, nem sei porque te escrevo. Nunca deste sinal de vida, porque também não a tens. Morreste e eu quero-te vivo. Deixei de acreditar em milagres, quando deixei de acreditar em ti. Mas tu, podes continuar a acreditar em mim. Não há perigo de te mentir, porque também não perguntas. Somos inquestionáveis e passageiros. Somo o espírito, a alma e o grito do mundo.
Segue-me, mas não me espreites. Agarra-me, mas não me sonhes. Beija-me, mas não me mordas. Adora-me, mas não me ames.

permettez-moi ou suivez-moi. Tout comme il n'est pas légitime.

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