segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Pioneer the falls








Tentei aprisionar em mim as lembranças que aos poucos se vão apagando. Nunca percebi para que as quero. Também não está feito para perceber. Sei que agora, existem sentimentos sem nome, a pairar sobre mim. Tento afastá-los. Tento ignorá-los e muito depois, matá-los. Só hoje percebi que as lembranças é que me matam, e agarrada a elas vem os sentimentos sem nome e sem rosto, que me levam à loucura. Poderei morrer sem alma ou vaguear sem coração? Então porque existem recordações sem dono e sentimentos sem dor? Não sei, também nunca os tive. Li algures. Senti-los? As lembranças apagaram-se. As palavras gastaram-se. A dor agonizou-se. O presente acomodou-se. E eu finalmente conformei-me, resignada mas infeliz.


D - ‘ O presente leva-te a vida que pensas que não tens’
Ar - ‘ O presente apenas me arrasta a vida que não quero para o passado’
D - ’ Para o passado existir, tiveste de o ter primeiro. Tiveste de o sentir e concretizar em ti tudo aquilo que quiseste.'
Ar - ’ o problema, é quando não quero mais. Mas o presente escapa-me e traz me o futuro incerto. E esse, não posso julgar. ‘
D - ‘ Sabes porque? Porque sabes mais sobre ele, do que ele sobre ti. Ele pertence-te, mas tu ainda sabes’
Ar - ‘E ele virá e passará, eu vou acabar por não saber’

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