terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Mais uma noite...





As coisas pressentem-se. Depois dos meses de silencio, decidis-te regressar mais forte que nunca. Não gosto de lhe chamar destino, mas as coincidências nunca existiram. Voltaste a ter o sabor de desejo que outrora tiveste.
Afinal, o tempo nunca espera por nós. Voltei a encontrar-te numa noite chuvosa, para contrastar com as memórias quentes. O coração voltou a bater descompassadamente por um objectivo apagado. Não consegui controlar. Sempre foste uma vontade superior. Avassaladora. Incontrolável. E o que faço eu? Limito-me a deixar que tudo se apague. Deixo-me apagar das tuas memórias, com esperança que tu te apagues nas minhas.
O que queria eu? Comandar o tempo. Voltar atrás. Fazer-me inesquecível demais para ser apagada. Importante demais para uma só noite. Não sei se o fui. Mas sei que tu o foste. Deixaste o mistério para trás. Mas cuidado, o mistério que te envolve pode ser o mistério que te mata. Não duvides. Afinal, o Tempo também te comanda.
Nunca desisti. Mas não luto. Os objectivos fracassados são assim mesmo. Inconstantes e dolorosos. Tu magoas-me, e eu desprezo-te, à espera do dia em que os papeis se invertam



Por favor, dá-me novamente o meu conto de fadas.

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