Tiraste-me tudo, apenas nao me tires a vontade de escrever.
" Quando morrer irei de caneta na mão e papel no caixão "
domingo, 12 de abril de 2009
sábado, 11 de abril de 2009
Não te perdoo.
Deste-me o jogo mais emocionante. Deste-me a vitória consecutiva em todos eles. Usei e abusei do meu poder sobre ti, para que um dia também utilizasses o teu. Jamais iria saber era que o teu me iria colocar fora de jogo.
Hoje, voltei ver-te. Não te olhei como te olhava no passado. Não te convidei para jogar, porque tu também não o fizeste. Limitaste-te a observar todos os meus passos na tua direcção. Mas eu não avancei. Deixei-me ficar pela retaguarda. Uma vez, jogaste no meu coração, hoje não jogarás mais. Sabes porque? Porque não te perdoo teres deixado fazer xeque ao rei.
Um dia, governei o teu jogo. Tu, governaste tudo o resto.
Leva o teu sol e devolve-me a chuva. Prefiro andar descalça do que queimada. Prefiro o frio ao teu calor. Apenas porque um dia fui tua. E tu, nunca me pertenceste. E não, nunca te vou perdoar.
Deste-me o jogo mais emocionante. Deste-me a vitória consecutiva em todos eles. Usei e abusei do meu poder sobre ti, para que um dia também utilizasses o teu. Jamais iria saber era que o teu me iria colocar fora de jogo.
Hoje, voltei ver-te. Não te olhei como te olhava no passado. Não te convidei para jogar, porque tu também não o fizeste. Limitaste-te a observar todos os meus passos na tua direcção. Mas eu não avancei. Deixei-me ficar pela retaguarda. Uma vez, jogaste no meu coração, hoje não jogarás mais. Sabes porque? Porque não te perdoo teres deixado fazer xeque ao rei.
Um dia, governei o teu jogo. Tu, governaste tudo o resto.
Leva o teu sol e devolve-me a chuva. Prefiro andar descalça do que queimada. Prefiro o frio ao teu calor. Apenas porque um dia fui tua. E tu, nunca me pertenceste. E não, nunca te vou perdoar.
sexta-feira, 10 de abril de 2009
Confissões
Não precisas. Não precisas de matar todos o que te aparecem para conseguires matar mais um bocadinho de ti. Não precisas de seguir os teus instintos enganosos que te levam a loucura momentânea. Não precisas de amar, para ser amada. Nem nunca precisaste de chorar.
Tudo se tornou demasiado pequeno para ti. A casa, as ruas, a terra e a vida. Tornaste-te merecedora de uma parte do mundo. Não te negam, tu e que não aceitas. Não aceitas toma-lo como teu. Não aceitas vida para além das quatro paredes.
Não tenho medo de ti. Também não tenho pena. Diz-me apenas, matarias por prazer? Então porque o fazes?
Porque a derrota tem o sabor da vitória, Rita.
Tudo se tornou demasiado pequeno para ti. A casa, as ruas, a terra e a vida. Tornaste-te merecedora de uma parte do mundo. Não te negam, tu e que não aceitas. Não aceitas toma-lo como teu. Não aceitas vida para além das quatro paredes.
Não tenho medo de ti. Também não tenho pena. Diz-me apenas, matarias por prazer? Então porque o fazes?
Porque a derrota tem o sabor da vitória, Rita.
terça-feira, 7 de abril de 2009
Existencias

Não quero que te tornes uma passagem violenta do meu livro rasgado. Não quero ocupar nenhuma folha de papel com o teu nome. Sabes porque? Porque a tinta com que eu escrevo é permanente.
Acordei com um leve temor pelo dia que se seguiria. Não o esperava agitado. Levantei-me, e as nuvens negras que cobriam o céu, cobriram-me também o espírito. Na verdade, não me importei. Continuei descalça pelo azulejo frio como forma de penitência. Não tinha roupa. Também não precisava. Abracei o frio como um velho inimigo e deitei-me no chão. Permaneci lá horas demais para serem lembradas. Vi e revi o livro da minha vida. No final, decidi rasgá-lo. Desejei que o próximo fosse feito de páginas coloridas e a capa fosse coberta de felicidade. Levantei-me, olhei-me ao espelho, e desejei ser a pessoa que via, e não a que sou. Talvez assim fosse tudo mais fácil. Vesti-me e fui para a rua viver o meu Outono antecipado.
E as folhas caiam no chão para disfarçar as lágrimas que acompanhavam.

Finalmente, sinto no ar aquele medo característico que te antecede. A tua chegada em nada mudará a minha vida reconstruída. A tua presença em nada afectará os meus sonhos despedaçados. Trazes o verão contigo em cada poro. Trazes lembranças e memorias esquecidas. Trazes longos meses de separação e momentos passados. Passaram dias e pessoas. Passaram amores e desejos. Expulsei-te há demasiado tempo para conseguires voltar. Derramei tudo o que havia para derramar para sobrar algo de ti em mim. Fui tua. Não sou mais. Aceita a derradeira sentença sem te aproximares demasiado. Não sou forte o suficiente para te expulsar uma segunda vez.
Sabes porque? Porque prefiro a chuva ao sol que trazes contigo. E um sol demasiado brilhante para ser verdadeiro. E um sol de apenas alguns dias. Voltarás a partir tão depressa quanto chegaste. Agora sou eu que te deixo para trás. Mesmo que andes pelas minhas ruas. Pela minha terra. Pela minha vida.
Mesmo que sinta o teu perfume novamente no Ar.
Vitorias
Hoje sonhei contigo. Não foi um sonho bonito. Não estavas a sorrir. Eu também não. Limitava-me a estar ao teu lado. A dormir contigo. A cuidar de ti. Pergunto-me agora, onde difere isto da vida real? Continuo a estar ao teu lado. Continuas a não sorrir. Eu também não.
Acordo durante a madrugada fria. Apetece-me estar em todo o lado, menos na cama. O calor convidativo não me inspira confiança a permanecer lá mais tempo. Prefiro a dor física, para esquecer a dor interior. Prefiro magoar-me por fora, para sarar por dentro. Não deito sangue. Não verto lágrimas. Não dou sorrisos. Não movo Mundos.
As vitórias também custam. A guerra também mata. A taça também pesa. O corpo também sente. As feridas também saram.
Acorda-me quando Setembro chegar.
Acordo durante a madrugada fria. Apetece-me estar em todo o lado, menos na cama. O calor convidativo não me inspira confiança a permanecer lá mais tempo. Prefiro a dor física, para esquecer a dor interior. Prefiro magoar-me por fora, para sarar por dentro. Não deito sangue. Não verto lágrimas. Não dou sorrisos. Não movo Mundos.
As vitórias também custam. A guerra também mata. A taça também pesa. O corpo também sente. As feridas também saram.
Acorda-me quando Setembro chegar.
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