quinta-feira, 19 de novembro de 2009

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As lembranças atraiçoam-me quando menos espero. Gostava que o poder da palavra fosse o suficiente para me afastar. Mas não é. Custa-me imenso conviver com a dor de perto, e fingir que não a vejo. Mas ela emana de ti, para que todos nós possamos senti-la. Mas sabes porque fingimos que não sentimos? Porque seguimos o teu exemplo. O amor superior à dor eleva-te de uma maneira insuportável, imbatível, e dolorosa. Não te invejo, nem te aguardo. De ti, espero tudo e não espero nada. Manténs te escondida entre a aparência do silencio e do amor eterno, e nós mantemo-nos na aparência da ignorância e submissão.
Os caminhos traçados não se apagam. As amizades perdidas não se recuperam. A dor sentida não se esquece. O sorriso triste apenas permanece.
Quando o teu caminho se fundir com o nosso, e a desconhecida que te tornaste te magoe tanto como nos magoou a nós, não peças desculpa. Só digas olá, e finge que nada aconteceu porque nós, faremos o mesmo

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