sábado, 14 de novembro de 2009

Utopia

Só queria o Paraíso que me negavas. Só queria um beijo esquecido e a felicidade passada. Apetece-me gritar com a força do desejo suprimido. Da tristeza conformada e da saudade apagada. Queria tanto que soubesses os tamanhos dos meus sonhos. Mas afinal, tu sabias. Foi por isso que os estragaste. A inocência esquecida atrás do Muro do pecado traz-me de volta á realidade que escolheste para mim. No final de tudo, apenas eu me sinto traída. Traí-me a mim e a todos os outros. A única diferença, é que só eu tenho lágrimas secas para deitar. Sorrisos estragados e memórias estagnadas.
Deixei uma etiqueta com o teu nome no meu pior passado. No meu mais importante momento e mais penoso sofrimento. Deste-me os parabéns quando devias dar os sentimentos.

E, no final de tudo, sempre consegui transformar-me na utopia que desejava. Queria tudo sem ter nada. Agora, não quero nada, mas tenho tudo. A utopia da aparência satisfaz-me a mente. O corpo, esse, deixo para trás juntamente com o sonho de me pertenceres. Desisti de ti, mas nunca vou desistir de mim. Porque desistir de ti, só os vencedores o fazem, mas desistir de mim, é para os piores perdedores.

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