quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Nunca disse que a morte era o caminho mais fácil para o amor. Nunca disse que era o fim. Nunca disse que a desejava, quando o fim chegava em vida. Apenas o pensei.
Todas as convicções das quais me despiste serviu apenas para equilibrar o Mundo de preconceitos do qual vivia rodeava. Serviu apenas para desejar, na insanidade do momento, a loucura que morreu contigo. O amor que levaste contigo. O desejo que ficou na cama com o teu nome.
Contigo não há rei nem rainhas. Não há vencedores ou vencidos. Não tens regras nem nome. Tu tens paixões e amores. E para ti, isso chega-te. És Grande. E eu apenas te admiro.
Tu morreste por alguém. Com alguém. Eu apenas vivo para alguém.



Tributo a ' Presença de Anita'

sábado, 18 de dezembro de 2010

Vamos falar de cobardia ?

Vamos recitar poetas famosos e actores premiados. Vamos recriar cenas de filmes. Vamos tornar-nos num espelho daquilo que poderiamos ser e nao somos.
Vamos começar de novo? Vamos. E vamos ter o mesmo final? Tivemos.
As minhas tentativas falhadas revelaram-se uma vez mais. Nao que quisesse. Nao que soubesse. Apenas tentava.
Garoto, tu nao tens consciencia da dimensao. Tu nao tens prazer nem sequer vontade. Tu nao tens caracter o suficiente para me fazer frente. Escondeste-te na aparencia do sorriso forçado e na cobardia de nao me enfrentar. Pois nao precisas. Sou eu que te enfrento, e tu nem desconfias. Desisti dos jogos perigosos, por isso é que te escolhi. Mas apenas te revelas-te em mais uma escolha perigosa. E eu nem percebi.
Garoto, Tu nao sabes brincar. Mas eu sei. E nao sais ileso. Tu nao es perigoso. Mas eu sou. Tu nao es forte o suficiente. Mas eu sou. As regras que te regem nao sao as mesmas que as minhas. As regras que te erguem sao as mesmas que te deitam abaixo. A consciencia que te sobra é exactamente a que eu vou apagar. Eu nunca quis Jogar, tu nunca quiseste outra coisa. Eu nao tenho a tua idade. E tu sempre soubeste disso.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Sozinha. Porque.. A vida tem destas coisas.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

(L)

Sem me aperceber, acordei com a música deste diário na cabeça. Tinha chegado a altura que, sem querer, andava a evitar. A minha ultima carta.

Querido,
Onde quer que estejas, espero que estas palavras sejam recebidas com a calma com que as escrevi. A coragem falha-nos em demasiadas alturas da vida. Algumas importantes, algumas não. Sei que para mim, a coragem não poderia falhar-me no momento em que mais preciso dela. Saberia também que as palavras não se poderiam gastar até ao momento em que deixasse de te escrever.
A noite, lá fora, fica amena e calma, depois da tempestade. Tal como eu. Depois da explosão de sentimentos de revolta e saudades, uma mistura um tanto ou quanto triste, decidi que estava na altura de encarar a razão como uma velha amiga, e não como uma desconhecida do teu presente. A verdade, é que o meu conto de fadas não tem um nome, apenas tinha um principie. Não tinha um castelo ou até uma princesa. Decidi que podia reinventá-los, sem querer perceber que não tinha nada que chegasse para fazer mudar te de ideias. Porque não eram ideias. Eram destino de vida traçados. Eu quis ignorar até onde fosse possível, e parece que descobri o limite da fantasia. A queda foi ainda pior do que aquilo que eu imaginava. Porque é sempre assim.
Agora que olho para o futuro, apenas uma coisa se distingue da névoa que avisto, és tu. E por muito que custe, sei que é a melhor maneira de me despedir de ti. Sei que nunca mais te vou ter como tive, mas a vida é assim mesmo. Quando gostamos de alguma coisa, deixamo-la partir, e ser livre, tal como fizeste comigo. Nunca deixei de o ser, nunca o quis deixar. Porque apesar de tudo, a liberdade é a última e melhor coisa que me resta. E não consigo abdicar tão depressa de duas das coisas que mais aprecio. Ela, e tu.
Vou me deixar adormecer nesta calma repentina, e vou deixar-te a minha ultima carta aqui. Nunca precisei que a lesses, só precisava de saber que a podias ler. Nunca precisei que uma resposta, apenas precisava de saber que sabias. Nunca precisei de um sim, apenas precisava de uma esperança na vida. A esperança acabou com a fantasia, fica o amigo para a vida. Ficam as memórias bonitas e dolorosas. Fica o teu futuro próximo, fica o meu futuro distante. Ficam-te as responsabilidades, fico-me com as minhas incertezas. Fica com a tua felicidade, eu fico com a minha aventura. Porque a responsabilidade tem o Fado cantado, a aventura tem o Fim incerto. Porque depois de ti, tinha de encontrar a minha incerteza noutro lugar,, onde os sonhos fossem grandes, da dimensão que eu vejo o Mundo.
Porque contigo, os sonhos eram do tamanho das minhas palavras. Porque sem ti, os sonhos são do Tamanho do Destino. Qual deles prefiro? Apenas aquele que me preferir a mim.

Nunca há tamanho certo para um ultima carta, porque ela nunca quer ser a ultima. Nunca há palavras certas para dizer uma ultima vez. Nunca há uma despedida correcta ou um cumprimento adequado. Portanto, despeço-me com o sentimento mais sincero que me vai na alma. Até já .

terça-feira, 23 de novembro de 2010

As escolhas que fazemos

A verdade é demasiado obvia para que consiga sequer explica-la. A verdade, é que todos nos fazemos as escolhas que queremos. E tu apenas a fizeste em silêncio.
E depois tudo? Continuo a sonhar contigo quando menos espero. Apreendi a controlar as saudades e o coração. Mas nunca o inconsciente. Continuas presente sem perceber. E sonho o dia em que estarei a teu lado, sem querer perceber que é exactamente o que evito pensar quando estou acordada. Sem perceber que, sem querer, vou me lembrando de ti em pequenos momentos do dia. Sem perceber, que estou a recordar um pedaço de sentimento á deriva. Tornaste-te novamente no fantasma das minhas cartas a partir do momento em que decidis-te que a distância era o caminho mais curto e indolor. Decidis-te criar-te numa expectativa de dor, sem que te apercebas. Decidis-te que ficaria melhor sem ti. E eu decidi que tinhas razão.
A razão é a inimiga da nossa história sem fim. É apenas a realidade da distância e o silencio que não quebramos. A razão, sou eu e tu juntos num dia de Inverno, e nunca num dia de Verão. Porque o Verão é nosso. Mas o Inverno…

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Dá-me um sinal de Vida. Já lá vão 77 dias.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Requiem For a Dream

E no meio do Caos a voz falou suavemente, como se o distúrbio fosse a sua causa. Falou-me de tudo um pouco, e um pouco de nada. Procurei-a sem saber que me procurava a mim, e que no meio da solidão apenas se encontra aquilo que se procura. O fim do Inicio.

Entre as palavras mais simples. Entre os sorrisos mais disfarçados. Entre os olhares mais passageiros. Tens o que procuras quando mais ninguém encontra. Onde apenas tu a chamas ao longe, como um navegador à busca da terra prometida. Como quem chama pelo paraíso. Tu encontras quando toda a gente o perde. E perdes-te quando finalmente, consegues ser encontrado.
Derrotar-te não basta para te dizer se és o inferno ou o Paraíso. Apenas és a Terra prometida.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Alma em Agonia


És cruel. És fria. E eu odeio-te.
Porque seres tu, é ser o pior de todos os nossos pecados. É ser a dor e a luz. É seres tu e fazeres de ti mesma. E não basta que te odeiem. Não te basta que te temam. Tu gostas de cada lágrima que provocas. Gostas de cada grito de agonia que dão em teu chamamento. Gostas de seres o pior de cada um de nós, porque não podes ser o melhor.
E eu? Eu limito-me a ver cada uma das tuas vítimas a partir, lentamente. Limito-me a ver-te no limite de cada horizonte, e apelar por ti, em momentos como este. Em momentos de agonia, em que cada dor nos consome e os consome . Em que apenas existe um coração que bate. Uma alma que respira. Uma vida que termina.
E no fundo de cada horizonte, sei que me esperas. Sei que esperas pacientemente uma vingança. Que me irás oferecer o melhor dos teus serviços. E eu sei que não me vou arrepender. Porque no dia em que acontecer, será a mim. E eu nunca serei uma vítima, apenas a derrota de uma inimiga. Será tua Morte, e deixarás finalmente de ser a de todos os outros.

Só porque te odeio. Só porque te és o pior de mim. Só porque és o fim, e nunca me dás mais um principio. Imortalizo cada palavra, venço-te em cada letra. Mato-te em cada frase. Enterro-te em cada texto. Tal como fazes, com aqueles que mais gosto. A ti, minha pequena grande Morte. E que jamais sejas perdoada.
Que se faça luto uma vez mais.

domingo, 24 de outubro de 2010

Às vezes, é apenas demasiado tarde.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010




Passado alguns minutos, consigo aperceber-me que estou no paraíso. Consigo perceber o quanto é bom olharmos para o lado e vermos o quanto é bom o perigo. O quanto é aliciante e fascinante o sorriso desejado. O olhar escondido e, por fim, o toque disfarçado.
Nunca escrevi o fim porque nunca houve um princípio. A lua tem várias fases. O dia tem várias horas. O ano tem várias estações. O coração tem vários momentos. E por fim, a Vida tem várias histórias.
E quando eu correr ao som da campainha, nunca te rias. Porque apenas estou a preencher aquilo que não consegues preencher.

domingo, 10 de outubro de 2010

A vida dá voltas.







Quem diria? Lembro-me de contar todos os dias que faltavam para a chegada destes dias. Lembro-me de esperar por eles e idealiza-los todas as tristes noites que me encontrava sem ti. E lembro-me de ter a certeza que seriam os dias mais felizes que iria ter durante muito tempo. Mas aquilo que mais idealizo, é aquilo que mais me magoa. Aqui estou durante os esperados dias. E sim, sofri apenas mais uma pequena decepção na noite que deveria ser nossa. Tentei construir um futuro tal como tu estás a fazer. Tentei ser feliz com alguém que não fosses tu. Mas não consegui. A verdade, é que descobri um pouco mais do Mundo. Descobri um pouco mais de mim. E um pouco mais da tristeza. E tal como a chuva que caia no céu, caíam também as minhas esperanças. Ele partiu sem olhar para trás. Eu deixei que partisse sem remorsos ou saudades. A verdade, é que não tinha nada para lhe oferecer e ele não tinha nada para me fazer feliz. A verdade, é que o dia irá chegar. A felicidade irá vir. A vida irá começar, como a tua começou muito antes de me conheceres. Cheguei tarde demais, e limito-me a gostar de ti. Tu partiste cedo demais, e limitas-te a viver com o que tens, e não com o que queres.
‘ Ontem não chegou a ser. Mas podia ter sido ‘

domingo, 3 de outubro de 2010

Uma noite...

Adormeci durante uma noite quente e acordei num dia cinzento. É tão estranho quando o Mundo decide virar-se ao contrario e tu nem te apercebes. Ontem foi um desses dias. De repente, vi-me a cair do penhasco. E nem sequer levava roupa.
Nunca tive de fazer comemorações para esquecer outras. Até aquela noite, em que tudo aquilo que me lembrava era os tempos outrora de ouro. Lembrava-me com tanta nitidez, que deixei-me levar pelo momento de saudade que se apoderou de mim. No final da noite, apenas me debatia numa luta interior entre o certo e o melhor. Entre a razão e o impulso. Mas as conclusões desvaneceram-se com o álcool da discórdia. Os erros são sempre esquecidos. Mas desta vez não. A culpa consumiu-me no cinzento da manha, e nada posso fazer para me remediar. E será sempre assim. Será sempre este eterno dilema. Nunca poderei fazer nada para conseguir que estejas mais perto. E tu apenas te vais afastando mais.
Mais tarde, no calor do vinho e da conversa sem interesse, alguém te nomeou. Alguém me falou de um futuro inexistente. E eu acabei por descobrir sozinha que o que me dói não é aquilo que é, mas sim aquilo que podia ser. Descobri que o mais doloroso, não é o presente, mas a inexistência de um futuro. O que dói não é gostar de ti, é a tua retribuição. O que dói não é a negação, é apenas a tristeza que querer e não puder. E o que mais me doeu naquela noite, não foi a tua ausência, foi as memórias da tua presença.

sábado, 2 de outubro de 2010

Não basta ter-te em memorias. Não basta apagar todos os nomes. Não basta lembrar-te. Tens de querer viver. Tens de fazer lembrar-te. Tens de estar aqui.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Já sei . E voltaste a desiludir.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

- Porque. Porque tentaste apagar-te das memórias e afastar-te da realidade, e ela acabou por te encontrar. Porque acabaste de perder todas as esperanças e nunca te sentiste tao perdida. Porque tentaste libertar-te de todas as frustraçoes que tens numa fuga momentanea da tua realidade, e nao conseguiste. Porque essa decisão, deixou de te pertencer à muito tempo. Já nao é a tua Guerra. Já nao é a tua Vida. Já não é o teu jogo. Tu nunca soubeste reconhecer os limites, porque nunca conseguiste criá-los. Vives a realidade que desenhaste à tua medida. E és a unica que consegue viver nela.
Porque é que para nóss existe sempre uma ultima vez e nunca uma primeira?
Porque é que para nós tudo tem de ser uma prova, e nunca uma recompensa ?
Porque é que continua a existir um nós , se apenas eu sobrevivi?

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Day and Night

…E jamais duvidava de mim. Jamais colocava em causa aquilo que éramos e aquilo que nos estávamos a tornar. Alterei o rumo da vida, e do destino. Pensava que podia arrancar todas as nossas páginas, e escrever uma história nova. Pensava que ainda podia ter um final feliz.
Mais tarde percebi que não. Os sentimentos que te querem de volta não chegam para te trazer. E o destino é levemente traçado. Continuo com a minha vida, sem perceber que os velhos hábitos me rodeiam. Sem perceber que as noites me querem de volta. Sem perceber que tu não queres mais.
E durante o dia, em que a luz volta por breves instantes, tenho a descarga de consciência. Tenho uma pequena história que contar. Tenho a distracção mais doce, e mais perigosa. Tenho a minha pior armadilha e Maior desafio. E apenas um coração.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O dia despede-se lentamente da multidão. Deixa o característico brilho e calor. Porque realmente, ele insiste. O calor provem de todos os lugares e de todas as maneiras. Parece que insiste em lembrar-nos quem fomos, e o que fizemos. Parece que nos tenta dizer o que perdemos, e para o que vamos. E nós, apenas nos deixamos queimar pelos últimos dias, nas ultimas horas.
E ao final do dia, em que finalmente te vejo passar com uma leve nostalgia, coloco-te como musica de fundo, e cedo uma ultima vez a todos os teus caprichos. A insanidade voltou a ganhar-te e eu, voltei a perder-te. E nunca mais me vou arrepender disso.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

A vida continua . A melodia de Outono aproxima-se. Aproxima-se o medo do perigo. Aproxima-se. E eu apenas consigo lembrar.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010





Parecemos o que não somos. E sentimos o que não queremos. Desejamos o que não temos. E fingimos que não percebemos.
Só porque te quero aqui e agora.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Verão

Sem musica de fundo, como normalmente acontece, apenas a chuva embala o quarto. Consigo habituar me melhor ao som da chuva, do que ao silencio do sol. E nesta ultima semana, que sabe a pouco, perco-me nas minhas próprias divagações daquilo que não foi, e poderia ter sido. E naquilo que realmente aconteceu. A realidade nunca esteve tão distorcida, e o conceito de longe nunca foi tão claro. A saudade, nunca pareceu tão aterrorizadora e o Verão nunca soube melhor.
As despedidas não existem. O verão ainda vai voltar, e eu apenas me sento, á espera que a chuva passe.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Sete dias.

Quando assumia a partida como algo inevitável, via a minha própria sobrevivência em risco. Via apenas uma ténue luz de fundo. Via apenas o passado desenhado nos contornos do futuro. Mas não via nada mais. Agora que tudo isso se tornou demasiado real, percebi que custa muito mais do que aquilo que eu própria pensava. Apercebi-me que as horas são dias, e os dias, semanas. Que posso contar todos os dias que faltam, sem me aperceber que aqueles que passam custam muito mais. Posso continuar a sonhar a noite e desesperar de dia. Ou posso não o fazer.
Foste a escolha mais perfeita e mais fácil. O mais difícil, é sobreviver a ela. O mais difícil, é perder todos os dias um bocadinho a tentar lembrar a tua voz e o teu perfume. O mais difícil, é ter-te como memória e não como presente. O mais difícil, é querer te perto e estares sempre longe. O mais fácil, foi apenas gostar de ti.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010





Até quando esperas continuar viver? Não podes fingir não compreender o que se passa. Não podes fingir e ser sincera. Não podes dizer a verdade contando mentiras. Dei-te demasiado tempo para te recompores, e tu simplesmente não consegues. Ligaste o piloto automático. Deixa-te apenas respirar. Mas nada mais controla o resto. De noite, os sonhos do dia transformam-se nos teus piores pesadelos. De dia, evitas estar parada um único momento, para que tudo aquilo que ainda resta de ti não te faça mais triste. Para que todas as memoriais que guardas dentro de ti não venham ao de cima, e consigas compreender por quem és infeliz. Por quem te tomas e por quem te tomam. O que perdeste e porque perdeste. Não vives. Vais sobrevivendo, não porque queres, mas porque não te deixam morrer.
De longe, sinto a pena que não devia sentir. A todas as horas te sentas nesta mesma cadeira, a tentar descrever o abismo que te consome. E de todas as vezes, desistes. Vais esquecendo quem és, preferindo o presente indolor do que o passado doloroso. E por mais que consiga compreender, não te consigo perdoar.

Ate quando Rita? Ate quando vais conseguir sobreviver a ti própria? Até quando vais resistir aos contos escritos por ti? Ao poder da persuasão e da infinita imaginação ? A idealização dele apenas te levou para o abismo que tu mesma criaste. Decidis-te que o príncipe que querias, existia. Decidis-te deixar de procurar, e chamá-lo pelo nome. Decidis-te entregar-te de uma vez, e para sempre. E ele apenas decidiu partir. Porque ele podia ser o teu principie, mas tu nunca foste a princesa dele. E isso, é a tua mais dura decepção. É a tua maior conquista. Era o teu melhor perigo. Era o teu maior amor. E tu, eras apenas o maior erro.

‘ Vamos conseguir vencer-nos no dia em que te vir como realmente és, e tu deixares de me ver como realmente sou ‘
Continuo viva.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Até já.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

It's your last night and my last chance.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010





Fica o medo de te perder sem te ter. Fico o medo de te esquecer sem te conseguir apagar. Fica o medo de ser tua quando nunca foste meu. Fica o medo das dolorosas memorias, e as aterradoras saudades.
Agora, que a despedida se aproxima, paira no ar a tristeza habitual. Tenho de conseguir despedir-me sem perceber que nunca haverá um final para nós. Fingir perceber que depois de ti, há o infinito destino sem rumo. Há apenas uma dolorosa imagem feita á tua semelhança. Há uma idealização inalcançável e uma solidão devastadora. Há, finalmente, a separação de duas vidas distantes. Eu vou regressar a triste realidade, e tu apenas vais ter de sair dela.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

We are young. We are strong.

És a minha mais dolorosa incógnita. Não percebes que a insegurança que te traz até mim, destrói as memórias e a idealização de um futuro perfeito. Não percebes que é demasiado tempo sem um sinal de vida. E depois disso, acaba por ser apenas uma questão de sobrevivência. Acabo por tentar encontrar aquilo que perdi, sem saber que a tua presença é muito mais forte do que aquilo que eu estou disposta a lutar.
Depois chega o dia, em que finalmente te vejo como homem e tu me ves como mulher. Mas o tempo chega demasiado tarde para as nossas esperanças fracassadas. Tu queres acreditar em mim, e não consegues. Eu quero tentar desculpar-te, e também não consigo. Vivemos o presente que todos os outros construíram para nos, porque nos falta as forças para construir pelas nossas mãos. Odeio-te por partires e desejo-te por voltares. O nosso final repete-se sem que nenhum de nós consiga terminá-lo. Fica um vazio de esperanças e sonhos. E fica um presente de amargura e desespero.
Fica a insatisfação de te perder. Fica a tristeza de ter de ficar.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Fiquei sem palavras para descrever o que me vai na alma. Foi a primeira vez que tudo isto me aconteceu. Sinto-me demasiado impotente perante o sentimento tao devastador. Pensava que conhecia o Mundo, mas afinal de contas, ele é que me conhece a mim.

' Reamonn, star'

sábado, 14 de agosto de 2010

Regras.

Perdi a noção da realidade assim que entraste nela. Não quero saber das regras das quais estas prisioneiro. Vais regrar-te pelas minhas próprias regras. E sabes que mais? Eu nunca as tive.
Still loving you.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Tens de ser .

Estás perdida. No antro do desespero absoluto, perdes-te as forças de o conseguir renunciar. De lhe tirar a parte que te pertence. De proclamar-te Rainha absoluta. Não admites que perdeste a Guerra, porque a Batalha tem o teu nome. Não admites que mataste o inimigo, porque sabes que foste tu que morreste . Não te consideras vencedora, porque já perdeste á demasiado tempo.
Querias o jogo da tua vida, sem o teu melhor jogador. Queres ser imortal, e que todos os outros o sejam também. Queres viver a felicidade que não tens. E queres dá-la a quem não a quer. Queres o que não tens. E desperdiças o que tens. E quando os papeis se inverterem. Já não estás cá.
A despedida não tem de ser triste. Apenas tem de ser para sempre. O final não tem de ser dele, mas tem de ser com alguém. O beijo não tem de ser eterno, mas tem de ser memorável. O verão não tem de ser o ano inteiro. Mas tem de ser inesquecível.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Ai de mim.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Finalmente, vi-te. Ainda nao és Meu.
















Ainda.

domingo, 1 de agosto de 2010

H

Não queria. Mas de repente, vi-me a escorregar-te dos teus braços para a agua salgada. Salpiquei-te e, mais tarde, empurrei-te, mas tu não te importaste. Eras o espelho da mais pura felicidade, e eu não fugia à nossa regra. Sorrimos felizes, e cansados. Vim embora, tentado pela primeira vez na vida, que não percebesses que a minha momentânea zanga era a brincar. Mas percebeste. Puxaste-me para ti, como se não houvesse outro sitio onde pertencesse, e olhaste-me nos olhos como se fosse a primeira vez. E era. Todas as vezes eram as primeiras, e podiam ser as últimas. Deitamo-nos na areia, e encostei-me a ti. Não falámos. Mas também não precisávamos. Ficamos ali, ate que o sol se tornasse apenas em luz, altura em que os nossos corpos semi-nus pediam roupas. Vesti-mos as roupas e saímos da praia. Demos as mãos e voltamos as costas ao sol. Ele estava a ir-se embora, e nós também.

‘ O amor de histórias, fica aqui. O amor da vida, fica entre nós. Não é perfeito, nem nosso. Apenas o desejamos no auge do sentimento e da perca. Mesmo que nunca exista. Mesmo que nunca o queira. Mesmo que nunca te queira. ‘

sábado, 17 de julho de 2010

.

A tua incógnita eleita voltou novamente para as tuas garras. Pôs-se demasiado vulnerável ao teu veneno. E por incrível que pareça, tu pensas que não tens nenhum. Estás aflita, porque não o queres deixar escapar, mas não sabes como o agarrar. A tua maior conquista e melhor segredo está a perfurar-te novamente os pulmões com a dor do seu perfume. Com o charme do seu calor. Com o teu pior e mais irresistível vicio. Ele vem ai, e tu nem desconfias. Depois de tanto tempo, a presença dele é apenas uma miragem no paraíso que renunciaste. É apenas mais um sonho sem nome, e sem Rei. Nunca precisaste dele para ser Rainha. Apenas para ser assassina.

‘ Os sobreviventes nunca são apaixonados. Nunca são namorados. Nunca são virgens. São apenas os melhores amantes, as melhores conquistas, os melhores Verões. São o vicio mais cruel e mais doloroso. Porque quando partem, é para Sempre. Tu resistes ao Vicio, quando não o tens por perto, com a promessa de que quando chegar, será teu. Mas tu, nunca deixas de ser dele’

domingo, 11 de julho de 2010

F r i e n d s

É de noite. Estou sentada na Varanda, e ouvir um pouco de nada e a escrever um pouco de tudo. Na verdade, só queria encontrar a paz, quando ela anda perdida. Primeiro, julguei que a podia chamar. Mais tarde, no auge do desespero, conformei-me. E finalmente, deixei que as verdadeiras lágrimas viessem, sem que eu as tivesse chamado. Chorei todo o Tempo do Mundo, e por todo o Mundo. E foi ai, que em paz com a dor e a felicidade, conheci a paz que andava á procura. Ela não me fez sentir mais feliz, apenas me fez sentir um ser humano. E quando me dizem que sempre o fui, eu não acredito. Fui sempre algo mais do que um ser humano. E nunca me orgulhei disso.
A noite caiu na própria armadilha. Adormeceu, sem que eu adormecesse com ela. No escuro dela e na paz que ela transpira. Deixei-me ficar sentada, com um frio agradável a percorrer-me o rosto. Perdi-me em pensamentos e ideias. E quando me encontrei, perdida no meio do chão frio, percebi de que nunca precisei do silencio dos Bons para me encontrar. O que continuo a precisar, é da Vida dos Meus. E da felicidade que me rodeia. É de seres humanos como eu, que um dia conheci, e que hoje trato por amigos.
E se vivo? É para eles. Para as almas puras e corações generosos. Para os sorrisos sinceros e lágrimas verdadeiras. Para os meus Amigos, que são tudo.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Renovação.






Fizeste algo bonito. Mas falhaste. Resolveste então encobrir-te, assumir o branco como a paz de espírito que te assolava, e deixares o luto para trás. E realmente, fizeste um bom trabalho. Finalmente percebeste que tens de ser tu própria a compreender-te, para conseguires tirar a razão a todos os outros. Para que o teu passo seguinte deixe de ser tão inconstante como o primeiro e, quem sabe, encontrares o rumo que pensas que tens. Mas não conseguiste. O branco agora apenas disfarça novamente a tua mudança súbita. A paz deu lugar à caça, e tu nem sequer disfarças. O que te consome é o que te tira a paz e o vicio. É o que te destabiliza como ser. É o teu Vento nesse Ar parado. E tu nem sequer negas. Voltaste a controlar o futuro, sem te conseguires controlar. Voltaste a ter garras, e a guardar a cruz. Mas a verdade, é que apenas te preparas para voltar a vestir o Luto. Porque o que procede o crime, nunca é a paz que procuras. É sempre o Inferno que te domina, e que tu tanto sentes falta.

‘ A paz é o silêncio da alma. É a purificação do corpo, a crucificação dos pequenos grandes sacrifícios e uma parte da vida. Sem Vida, não há paz, mas haverá sempre Inferno. ‘

domingo, 4 de julho de 2010

Sorri.

A serenidade que me possui é passageira. Mas todos nós precisamos dela. Assumi-a como a minha felicidade aparente. E a consciência pesada despede-se dos últimos pecados. Está prestes a ser lavada, pintada e divinizada.
Sou o mais triste conceito de tristeza. Sou o mais puro conceito de abstracto. Não me considero culpada, apenas responsável. A frustração dos maiores é a queda dos pequenos. E o risco que corro todos os dias não é um jogo, é apenas mais uma Vida.

domingo, 27 de junho de 2010

Maturidade.

Escrevi tantas vezes o nosso final. Reinventei-o de várias maneiras tornando-o mais doloroso à medida que o tempo passa. Mas apercebi-me de que nem todos os finais tem de ser assim. Eis que o verdadeiro final chegou para nós, quando a ingenuidade prometia que não. Escreveste o fim, quando eu riscava o inicio. Reinventei-te no Tempo, na Vida, no Futuro. Para que preenchesses cada parte de mim tal como eu queria, sem conseguir perceber que era eu que me adaptava aquilo que tu eras e aquilo que tu querias. Perdi-me algures entre a verdade e a mentira e tu, nunca te preocupas-te em trazer-me de volta. Mas chega de culpar-te de tudo aquilo que és. Porque aquilo que tu és, eu já devia saber, o que eu não sabia, era naquilo que me podia tornar. Não me orgulho nem me admiro. Nunca foste o Monstro, mas também nunca serás o príncipe. Tal como eu, perdeste te no meio do nada que tu próprio possuis. E se hoje te pedir para te descreveres, citarás aquilo que tu próprio inventaste para ti, como os teus mais altos valores, que apenas servem para satisfazeres o teu momentâneo prazer. Vives na mentira de seres quem és, acreditando que é a verdade que construíste para ti. E é.
Os erros cometem-se e, por pior que sejam, voltam sempre a cometer-se. Não com a mesma loucura ou paixão. Apenas como segunda oportunidade daquilo que poderia ter sido, mas nunca chegou a ser. Vou deixar de ser a angustia que te culpa, e tu vais deixar de ser a razão da experiencia. Somos dois adolescentes, a procura de coisas diferentes. Tu não sabes o que procuras, e eu nunca soube o que encontrei.
Nunca teve de ser doloroso, apenas nunca houve coragem para te dizer quem és, antes de me despedir daquilo que foste. E vou ter saudades, apenas daquilo que eu idealizei.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Alguem morreu no meu quarto? .





No auge da esperança, alguém morreu no meio do sonho. Alguém morreu sem saber, e sem esperar. E neste verão bonito, paira uma leve tristeza permanente. O cinzento do céu azul funde-se com o cheiro de desespero que aquele quarto inala. A inércia da Morte e a mobilidade dos corpos trazem o negro para o calor. A tristeza veio para ficar, quando tudo sorria de felicidade. Quando o calor aliciava a mente e o corpo. Quando a Vida pedia mais Vida. Quando a Morte não soube esperar.
Querido foste a mais dura decepção e maior Paixão. Mas houve alguém que morreu neste quarto, e tu continuaste com o meu Verão.


Que se viva o Luto. Que se pinte de negro todas as ruas, todas as casas. Que se vistam de preto todas as pessoas. Que se despeçam e se lamentem. Porque Verão, morreu a tua melhor amante.

domingo, 20 de junho de 2010

Hate me.

Sabes o que eu mais gosto em nós? É que somos inconstantes e apaixonados. Eu Odeio-te, mas tambem te adoro. E tu desprezas-me, e sobrevives comigo. Nao sou o teu Ar, mas sou a tua Vida. E tu nao me pertences, mas fazes parte de mim. Os momentos perdem-se para sempre, e fica a sede de vingança. Porque eu bebi-te o sangue e o ódio, mas esqueci-me de apagar-te a memória.


As lembranças são o nosso pior inimigo e a nossa maior Vitória. As lembranças, sao os troféus dos sobreviventes, e a Morte dos apaixonados.

terça-feira, 15 de junho de 2010

?

' What about now?
What about today?
What if you’re making me all that I was meant to be?What if our love never went away?
What if it’s lost behind words we could never find?
'

sábado, 5 de junho de 2010

Quando todos os Deuses anunciam a tua chegada, eis que fazes mais uma das tuas vítimas. Perdi a vontade de gritar contra a injustiça que já me habituaste.
A história sem dono. Sem nome, acabou antes de começar. Porque o único a começar só poderá seres tu, e nunca quiseste mensageiros durante os teus três meses de calor. Desafiei-te, e voltei a perder (te).
Agora deixa-me, tenho dezasseis dias de luto para velar o que resta do Mundo. E tu, tens dezasseis dias para me construir um novo.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Momento

Só por um momento
Despedi-me finalmente
Do teu tormento
Desliguei a electricidade
Que escondias atrás das costas
Nas ruas desta cidade
E quando te vi despido de preconceitos e de toda a felicidade
Gritei

Só mais um momento
Da tua máscara de movimento
Do Divino Amor carnal
E a tua existência teatral

Só mais um momento
Consome-me por inteiro
Sem rastos para apagar
Sem culpas para julgar
Sem nós, para chorar


Destroe-nos, e vive de ruínas
De tramas e partidas
De amores impossíveis
Vence, de cabeça erguida
E em cada ruína, as memorias invencíveis
São o espelho da alma
Porque a alma nunca morre
Apenas sobrevive, e vive por

Mais um momento
Da tua máscara de movimento
Do Divino Amor carnal
E a tua existência teatral

Só mais um momento
Consome-me por inteiro
Sem rastos para apagar
Sem culpas para julgar
Sem nós, para chorar



terça-feira, 1 de junho de 2010

Eu vou conseguir.
De repente, dominaste-me com o teu maior e mais divino prazer. E eu, não resisti, apenas inverti os papéis. Continuo a tua maior presa, e fiel caçadora. Quis-te para mim, quando foste de mais um milhão de pessoas. Mais tarde, apenas te desejei na resignação das saudades. Ouvi-te no teu melhor, sem saber qual é o teu pior. E nasceste. Desisti de ti, muito antes de saber o que és. Apenas sei quando és. E nunca me irá chegar.
Por momentos desejei que te despisses de todos os teus preconceitos, e pisasses o meu palco. Mas preferes pisar o teu, e deixar-me a contemplar-te. Despida dos conceitos que tu próprio criaste, e que eu nunca aceitei. E gritei muito. De dor e paixão. Saudades incontroláveis e despedida dolorosa. Gritei por mim, por ti, e por quem me ouvisse. Fui a dor de todos numa só voz. E agora, sou apenas as palavras que nunca te disse. Nessa boca que nunca beijei. E no corpo que nunca irá ser meu. Eu sou por mim, por ti, e por todos. E tu, és apenas por uma Banda.

sábado, 29 de maio de 2010

27/5




E foi ali, que as lágrimas de felicidade caíram. Mas não me importei. Continuei o meu caminho com a melodia suprema a proporcionar-me um dos melhores momentos. Nascemos de novo, e continuamos vivos, não porque queremos, apenas porque eles nos fazem viver.

‘ They are my M U S E’

segunda-feira, 24 de maio de 2010

E se hoje . . .

Eu começasse de novo ?

terça-feira, 18 de maio de 2010






Eu vou fingir que não te vejo a aproximar.
O horizonte anuncia a tua chegada, e eu finjo que não te espero há meses. Finjo que não és o Meu Sol, e Noite. E que nas noites mais frias, não te imagino. Vou fingir que não és o Dono da Vida e tu, finges que não existes.
Estou lentamente a preparar-me. Contigo, não há pressas. És o senhor e o Maior Rei. Só vens, quando quiseres, e eu, limito-me a esperar.
As minhas esperanças são maiores do que a tua força, mas os teus segredos são ainda mais terríveis. Prepara-te, vais presenciar demasiados acontecimentos para conseguires suportar

quarta-feira, 12 de maio de 2010

A Geração Nunca Mudou.

A admiração cedeu o lugar à realidade. Idolatrei demasiado todas as origens do ser. Valorizei a Terra, as vidas e as pessoas. Cedi perante uma fantasiosa miragem. Agora, neste estado de lucidez precária, aterrorizei-me pela tua omnipresença. Senti-me, finalmente, a ser violada pelas palavras da tua Rua. Da tua Vida. Da tua boca. Senti-me esquartejada pela tua presunção. E mais tarde, aterrorizada, por nunca conseguires dar a cara de demónio. Movimentas-te na sombra, quando eu te quero caçar em plena luz do dia. Já reinei nas tuas sombras, mas tu, nunca conseguirás vencer-me sobre a luz.
Mas não te importas. Tu és omnipresente, omnisciente, omnipotente. Tu, tens o poder de tirar a vida.E jamais as devolves. Mas deves-me a minha, e isso, nunca te vou perdoar. Despede-te das tuas sombras vitoriosas, vais conhecer a minha luz. E nunca foste preparado para isso.

‘ Um dia, vais-te embora. Vais sair da Terra e da vida deles. Vais te sentir demasiado livre, e vais sentir falta da tua droga. Mas não te importas, porque no dia em que isso acontecer, serás tu o vicio que eles perderam’

sábado, 1 de maio de 2010

Tenho uma presa, 32 dentes e 10 garras. E agora?

terça-feira, 27 de abril de 2010

Com que então, Odeio-te.

Nem acredito. Tantos meses e anos. E ainda restam os vestígios do teu crime. Tanta vez te amei. Tanta vez te desejei. Tanta vez te matei.
Mas afinal, és apenas o perdedor. Nesse teu corpo de homem, que tanta vez repudiaste, e agora te valoriza, ages como o Dono do Mundo. E nem Dono de ti és. O ódio que me deixaste é igual ao amor que te dei. Tão forte e arrebatador. Capaz de mover tudo por ele.
O teu imponente ar. Os teus olhos. A tua lembrança. Tudo me alcança quando menos espero. E sabes que mais? No auge do Ódio e da Vingança, rio-me de ti e das tuas façanhas insensatas. Não és Prefeito, mas tu julgas que sim. E todos os outros te deixam julgar. Porque? Porque os sonhos das crianças são como boletins de suicídio. Deixam de acreditar neles, e a Vida acaba naquele instante. Tu renasceste das cinzas, com os sonhos maiores do que todos os outros. O teu problema, é que já és um homem, e eles são de criança.
Não me canso de te julgar. Recriminar e sempre, de te matar. E Tu, nunca te cansaste de me ferir. Só que nunca provaste o meu veneno. Mordias-me, eu apenas sugava o sangue. Tornei-te indolor ao meu veneno, com medo de te magoar. Mas agora, prepara-te. A minha vingança não é uma brincadeira. O teu corpo de homem tem de reagir a mim, e não a criança que vive dentro de ti. Se não, vais Morrer, e desta vez, não apenas num texto.

‘ Era uma vez um menino Mau. Ele pensava que mandava no Mundo, mas era apenas dono de uma canção. Um dia, caiu-lhe a Mascara. E todos puderam ver o horror de que ele era feito. Mas já era tarde demais. Todos os outros se tornaram como ele. Porque? Porque algumas coisas, são contagiosas. E ele, era um Vírus Mortal. ‘

segunda-feira, 26 de abril de 2010





Eu sempre gostei do mais dificil. Do mais perigoso. Daquilo que nao consigo. Afasta-te, sou apenas uma armadilha.

" Will you become what other people think of you?
I hope you don't feel lonely when you're spending time with me your friend

Wish you were here with me
Wish I was there with you
I'm reaching feeling for you
I wanna be up with you again and again
"

Julian Casablancas

sábado, 24 de abril de 2010




O Medo é a minha coragem. O Amor, o meu maior erro. E Viver, a minha maior Conquista.

' Porque, sem saber, somos mais do que aquilo que queremos. E sem querer, dizemos menos do que aquilo que sentimos. '

terça-feira, 20 de abril de 2010

Mostraste-me os contornos do teu desejo. E eu não gostei. Baixaste a guarda fácil demais, e eu apenas voltei a minha posição original. Quero que sintas o poder do fracasso, logo depois do sabor da vitoria. Ela pode durar apenas 5 segundos, mas ficas com o sabor para a eternidade. E sabes que mais? Vais sentir saudades dele.

És terrível. Mas eu sou pior.

domingo, 18 de abril de 2010

W A R

O teu estado de dormência assustou-me. Ponderei a perda de capacidades e de todos os sonhos consumados. Ponderei a Morte psicológica para uma parte de mim própria. Ponderei que finalmente, poderia enterrar o vício, e viver com o que sempre consegui suportar. Mas contigo, nunca há certezas. Voltaste. Mais forte. Mais perigosa. Mais sedenta. E isso, é que realmente me assustou. Qual é o pior? Morreres, ou Matares? A decisão está tomada. A tua Guerra começou. Desenterras-te os Mortos, porque os queres entre os vivos. Jogaste pela Vida, sem conseguires desprender-te da Morte que te persegue. Começaste a batalha por ele, e ele ainda é uma criança. Mas tu, nunca quiseste saber disso. O sangue Virgem, é o mais puro. E o que te sabe melhor. Vieste fazer a Guerra que tem o teu nome, e nunca quiseste sobreviventes das tuas conquistas. És a assassina mais cruel e mais perigosa. Mas cuidado, essas também se apaixonam. E tu, nunca conseguiste viver com isso.


‘ Eles seguem-te como salvação, sem saberem que és apenas o Inferno. E tu deixas que te consumam. Afinal de contas, tu sempre quiseste mais do que isso. A intenção sempre os Matou. E de Boas Intenções, sempre o Inferno esteve cheio. O que não sabem, e que eram todas tuas’

domingo, 11 de abril de 2010

A história feita d'Ar

Vou contar uma história.
Decidi vingar-me desde sempre. A vingança sabia bem à alma. Porque sim, ainda a tinha. Comecei a formar círculos perigosos e ambições desmedidas. Mas eu era assim. Media o perigo consoante a força de vontade. E ela superava-o sempre. Comecei a ficar perdida no Tempo. No espaço. Mais tarde, descobri que era do Mundo. Fiz questão de esquecer o meu nome, e depois a minha terra. Vivia do vento e amaldiçoava o amor. Na verdade, apenas detestava aquilo que mais queria. Porque eu era assim. Odiava-me a mim por querer. E depois odiava tudo o resto, por não ter. E tinha. Menosprezava qualquer tentativa frustrada ou esperançada, iludida nas próprias crenças imaturas que tinha formado. Decidi construir a minha detalhada armadura. E nunca a cheguei a tirar. Se sou imortal? Sou. Pelo tamanho dos meus sonhos. Se sou viciada? Já fui. Mas sou uma sobrevivente. Comecei a manipular os acontecimentos com o receio de me perder na história que criei para mim. Encaro a vida com regras que eu própria escrevi. E nunca as cheguei a cumprir. Cai nos erros que tentava evitar e cometi as loucuras que desejava nunca ter feito. Mas fiz, uma por uma.
Desisti de procurar a felicidade, quando percebi que não a sabia reconhecer. Fracassei comigo própria, mas nunca com os outros. E é isso que me mantém viva. A imortalidade da escrita e do pensamento. E foi assim, que decidi escrever a história, que é apenas mais uma no meio de milhares, mas é minha, e por isso a venero. Não sou a conquista permanente, sou uma fracção de segundo. Sou o tempo perdido e a vitória desmesurada. Eu sou o Mundo, e sou a sorte. Mas cuidado, porque também posso ser o teu maior azar.
Era uma vez.

domingo, 4 de abril de 2010




Um dia, joguei glória. Venci-me e superei-me vezes sem conta, quando a crença era maior que a admiração. Aos poucos, revelaram as garras de que eram feitos. Abri-vos ao meio e descobri que os anos apodreceram tudo aquilo que restava. A massa de que são feitos impede-vos de mostrar aquilo que são, mas também não escondem a alma. Afinal de contas, não consegue esconder aquilo que nunca chegaram a ter. Tornaram-se nos heróis dos vossos livros, e nos monstros dos meus. E tu, sempre assim o foste. Inalaste o meu perfume como quem inala a pior das drogas, e sugaste-me o sangue para suster o teu vício. Abandonaste-me fraca demais para conseguir viver, e fizeste-me sobreviver à custa da minha droga favorita. Criaste a dependência por ti, e depois bastou tirá-la. Deixei o jogo da glória, e passei a jogar às escondidas. Vivia na sombra, e via-te na luz, sem querer perceber, que eras tu a escuridão e a chuva de morte que caía do céu. A verdade chegou tarde demais.
Um dia, vou esquecer que te quis mais do que tudo, e tu vais perceber que o monstro que te tornaste não te faz feliz. Porque a tua felicidade é apenas a morte de mais alguém.

Começa a ir mais vezes aos seus enterros, e talvez um dia tenhas alguém no teu. E cuidado, não falta assim tanto tempo.

sábado, 3 de abril de 2010

Libertação

O nascimento. O crescimento. O desespero. A morte. E finalmente, a libertação.
Consegui quebrar tudo aquilo que restava. As lembranças repetiam-se sem que me pudesse despreender delas. Afundavam-me e levavam-me para a dimensão paralela em que elas sobreviviam por breves ilusões. Finalmente, a dimensão quebrou-se com a coragem que foi definhando. Libertei-me de mim própria, e das mais cruéis promessas. A chuva de Morte que caia do céu foi substituída por o arco íris da esperança.

‘ E a libertação soube ao sorriso mais cruel e beijo mais doce ‘

terça-feira, 23 de março de 2010






Aprendi a dividir a vida de sempre, entre os amores arrebatadores, e as paixões ardentes. Escolhi seguir em frente, e aprisionar-te no capítulo que eu quis. O problema, é que é difícil rasgar a folha com o teu nome. Aprendi que estavas lá quando eu queria, e te desejava. Apoderei-me daquilo que eras, e transformava-te naquilo que queria. De ti, queria a esperança de um lugar seguro. Afastavas-me da minha realidade, sem pudor nem vergonha, quando eu própria não o fazia, e atribuía-te o nome do pecado, sem saber que me afeiçoava à pessoa. Escolhia esconder-te o sentimento, atrás da indiferença que eras para mim, e tu continuaste com a tua vida, crente de que a minha indiferença dizia exactamente aquilo que eu sentia. Mas nunca o disse. Entre nós, o abismo do silêncio é fundo demais para ser atravessado, e tu, morreste sem o querer atravessar.

Agora, vou aprender a viver sem ti. O meu capricho cedeu ao orgulho imaturo de te ter só para mim. Cedi o meu lugar de Rainha, com esperança de um futuro melhor para ti, e apenas para ti.O egoísmo cego que me trouxeste partiu contigo. Deixo-te com remorsos de dor e sem lágrimas de saudade. Apercebi-me que não consigo ter saudades de ti. Não, enquanto te sentir tão perto de mim. Porque continuas Meu. E só Meu. Apenas cedi aquilo que nunca cheguei a ter.


Rasguei-te querido. E vive em paz

sábado, 13 de março de 2010

Não me importo que te rias permanentemente de todas as minhas tentativas inglórias por suster a esperança em ti. Nao me importo que te assemelhes inalcançável. Nunca me importei. Porque eu sempre gostei dos venenos mais lentos. Das bebidas mais amargas. Das drogas mais pesadas. Das ideias mais insanas. Dos pensamentos mais complexos. E dos sentimentos mais fortes. Nao te preocupes, a vida sempre me deu tudo, e sempre me tirou quando mais precisava. Por isso, tambem apreendi a gostar das mortes mais dolorosas. Mas tu, acabaste de nascer.

domingo, 7 de março de 2010

A N G E L



E o destino imortal segue-te até ao prazer infernal. Não tens salvação e nao imploras por ela. Sentes-te feliz no teu inferno particular, que em tempos pertenci. Despedi-me com sangue do divino suicidio e deixei a infernal miséria de felicidade que me proporcionavas. Tu vives no limite, e arrastas as presas contigo. Mas delas, não tenho pena. Sabes porque?

Porque todos os anjos merecem morrer. E eu, já fui um.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Caça

Percorres a rua, apressada. Nunca olhas para trás. Sabes que as sombras que te perseguem não deixam que mais ninguém se apodere de ti. Chegas onde a musica se confunde com o coração, e entras, como soubesses que ele te espera. E espera.
De repente, apercebes-te que te encontras no sitio onde os vícios se confundem com as necessidades. Tentas sair, mas já no consegues. Então resignaste inconformada ao teu pior destino, e invertes o poder. Tornas-te a caçadora do pecado que tu própria anseias cometer. Tornas-te no teu pior pesadelo. E gostas. Porque não há desculpas para não o fazer, apenas enganos de alma.


‘ Tornei-te, sem querer, na vitima marcada como um igual. Agora, que sei que tens o nome do pecado, cuida-te. Porque o veneno foi lançado, e já te corre nas veias. Aproximas-te devagar, como se tivesses receio. Mas não tens. Olhas o que queres e escondes com palavras. A mim, não me enganas, resta saber quem é que enganarás. Lancei-te como peão. Quanto tempo demorarás a ser Rei? ‘

E tu continuas serena, como se a morte não te esperasse. Encaras o desafio como forma de sobrevivência, e esqueces-te de viver. Entregas-te de corpo, e vendes a alma. Só assim és feliz, e fazes os outros infelizes, tal como gostas.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Segredos do Mundo.




Impressões.



Egocentrismo





Life Is Music.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Ódio

Apoderou-se de mim de uma forma brusca e inesperada. As atitudes pelas quais era julgada assombravam-me muito mais a mim do que a qualquer outra pessoa. O corromper de mais uma vida humana, não me faz sentir tão forte quanto o esperado. O efeito foi o oposto. Senti-me mais vulnerável. Mais sozinha. Mais triste. Mas assim foi. Mais uma vez, deixei que o corpo comandasse os actos e que levasse a mais uma noite de imprudências. Mas desta vez, não fui eu que não me perdoei. Foram os outros. A emancipação de um sonho antigo acabou por acontecer aos meus olhos e a entrada do coração. Não chorei. Mas senti um agradável sentimento de ódio a espalhar-se, como se me tivesses dado a provar o melhor dos teus venenos. Afastar-te através do ódio, é mais fácil do que através da saudade. Delicio-me nos momentos cruciais, em que finalmente, me torno mais forte como doença, e não como a sua cura.
Sarei as feridas que abriste, e cobri-as com o ódio que me desejaste. Apaguei o amor saudoso, e dei boas vindas á pessoa que realmente és. Divirto-me com as tuas façanhas de criança, vestido no corpo de homem. E tu, sobrevives aos meus jogos de liderança. Não sou tua, mas tu pensas que sim. E eu deixo-te pensar, sem que te apercebas, que vais lentamente naufragando.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010



E quando a noite não chega?

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

FUGA

Debati-me contra o desejo insano de fugir. Não queria, mas apetecia. A tentadora ideia de deixar todos os erros para trás, aliciou-me. Mas não o fiz. Tentativas? Não faltaram, mas a ideia macabra de que a vida é assim mesmo, assustou-me. De nada me vale fugir, sempre que tentar. A fuga cobarde, é a vitória fácil de outros.
Então, acordei, no meio de mais uma aula sem nome, e decidi vingar o destino, tornando-o naquilo que eu quero, e não naquilo que eu escolho. Porque as escolhas, essas, foram feitas há demasiado tempo, mas o destino ainda está por escolher. E eu escolho dar-lhe vida, e tratá-lo como um igual, antes que ele me escolha a mim como a sua morte .

Vou ser Dona De Algo Sem Nome. Porque Fui Eu que Escolhi Amar A Odiar.

domingo, 7 de fevereiro de 2010









Conheces-me tão bem

' Quem não tem cão, caça com gato'

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Verdades

Sentei-me na cadeira, perdida. A música nostálgica invade-me o quarto e a alma. Mas desta vez, é diferente. Apenas a saudade predomina nas paredes. Esperanças? Nunca mais. Perdia-as no momento que te renunciei. E apesar de ter sido o que mais me custou fazer, não foi em vão. Ontem, vivi um passado apagado, uma última vez. Dei-te chance de pertenceres uma vez mais ao meu presente, sem suspeitares que não serás o futuro. Afinal, as oportunidades perdem-se com a razão. E nós, nunca a tivemos. És irresistivelmente fraco. E isso, possui-te. Renuncio-te, sem te desejar. Amo-te sem te adorar. Odeio-te sem me vingar. Damos os vivas do nosso fracasso, e beijamo-nos arrependidos. Mudaste de sabor quando finalmente, deixaste de ser proibido.

Detesto ver-nos a naufragar na razão. Mas todas as histórias têm um final, e nós, acabamos de escrever o nosso. E ambos sabíamos que não iria ser um final feliz.

Morremos nós, mas fica o diário. Algumas recordações precisam de viver comigo.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010




Momentos de horas vagas.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Rainhas

Podia entrar no teu jogo de glória. Mas não entro. Ou jogas, ou morres, Fazer batota a ti não te chega. Querias jogar um jogo de duas rainhas . Mas sabes que mais? Dispenso a coroa para a desgraçada que fizer de ti Rei. És a pessoa que procuro na Multidão, sem saber nem suspeitar de que nunca mais sairás dela. Vejo-te afastar como quem vê afastar um fantasma, e o coração torna-se pequeno demais para tudo o resto. Não tenho espaço para mais um crime, e tu jogarias até a morte me levar. Continuarias com espaço para mais uma rainha, e eu teria de ceder o meu Rei.

Não quero fazer de ti aquilo que és, apenas te quero tirar a coroa que te coloquei. E nunca mais voltar a pensar em ti.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010



Enganos d'Alma.
Aptece-me rasgar-te aos bocadinhos. Nao sinto apenas raiva. Sinto em mim nostalgias de Verão. Sucessos fracassados e amores falhados. Foge da mentira, mas não fujas de mim. Não consegues. Vou-te dar um dia de avanço. Prepara o troféu e começa a despir-te de todos os teus preconceitos.


M E U

sábado, 23 de janeiro de 2010

X

Esta a chover. A madrugada desce sobre mim, como um pano preto de fundo. O sono não vem, assim como tu. Esperei-te demasiado tempo. Agora sinto em mim, todas as saudades acumuladas. Deixei de sentir-te ao afastar te da vista. Pensava que me tornava mais forte, e eis que aqui estou, neste sofrimento silencioso, que tu não sabes, mas desconfias.
Olhei-te nos olhos, como se te olhasse na alma. E tu sabes quem sou eu. Sabes o que fui, e também sabes tudo aquilo que me negas. E continuas. Deixas-me na amargura de te querer, sem conseguir lutar.
O que me vai na alma, essa, já deixou de falar. Persigo-te com a razão, que é tudo aquilo que me consegues dar. Mas não consegues esconder. Olhas-te sem disfarçar e eu retribui. Queria-te como nunca e continuo a querer. E saber que a distância que nos separa, não são apenas alguns metros, porque o Mundo físico entre nós não vale nada. Construíste barreiras altas demais, que sabes que a minha idade não consegue alcançar. E eu, derrotada, limito-me a ter esperanças fracassadas.


Precisava disto para deixar que o sono se apoderasse de tudo aquilo que resta de mim.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010




Ando á demasiado tempo a olhar para a parede. E sabem que mais? Começo a ficar roxa. Dizem que os anos de ouro se aproximam. E ai deles, que me escapem.



E esta, hem? Nem eu sabia que tinha umas meias tão giras.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010






Chegas de surpresa, como se nao te esperasse há dias e meses. Vestes a tua habitual roupa negra cheia de poder e presunção. Arrastas-me o coração indolentemente, sem pena ou compaixão. Eu sei que sim, que o trazes sempre contigo. Que a cada passo que dás, o punhal da vida arrasta-te uma vez mais ao inferno da morte. E naquela noite branca, foste apenas o mensageiro. Trazias contigo a vontade de morder. E eu, trazia comigo a vontade de te beijar. Falhamos os dois, ao falharmos um com o outro. Nao me conseguiste matar, como todos os outros, e eu, matei-te como nunca antes tinha feito. Os papeis, finalmente, inverteram-se. Vi o meu insano desejo ser concedido sem me despedir de ti. E tu,uma vez mais, falhaste a missão. Porque eu sou imortal, e tu, sabes disso.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Noites #

Perdeu-se o momento e o encanto. De ti, resta-me a voz que no meio de tantas lembranças, é a única coisa que tenho de ti. Perdeste-me sem nunca me teres realmente encontrado. Parabéns, conseguiste o pior de mim. Mas nunca conseguirás o melhor.
Afinal de contas, perdeu-se apenas mais uma vida.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Eça

O tempo consome-te tudo aquilo que tens de melhor. Aqui estou, numa auto-reflexão, em que o destino te come viva e te despeja de rancor o passado mal amado. E ai estás tu, a tremer por um livro. A dar graças por mais um trágico final. A vive-lo como se fosse o teu Mundo, e as tuas personagens. Gritas a todos a tua tristeza e escondes a felicidade. Viver no escuro não te apaga, apenas te consome, tal e qual como tu gostas. A aparência em que te escondes afasta-te de tudo o que era considerável belo. Aproximas-te do fim como se ele fosse apenas mais um amante. Mais uma história. Mais um final. Apenas te esqueces de que o final é só para ti. Afastas a vida de uma maneira arrebatadora. Sem cuidado nem amor. Despejas os sentimentos num saco roto, e esqueces-te de apagar o rasto. Cuidado, aproxima-se o dia do juízo final. A morte não é alternativa. É apenas mais uma das tuas erradas escolhas. E mais uma vez, a tua cobardia falará mais alto. Escolherás o caminho mais fácil, mas mais doloroso. Porque tu, és assim mesmo. Amante do final triste. És a cinderela sem sapatos de cristal. És a bela sempre adormecida. És a Branca envenenada, que envenena todos os outros.

E eu vou tentar seguir-te. És o meu orgulho mais triste, e mais irresistível.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Comemoração







Neste novo ano, em que tudo é esperança e promessa, procuro encontrar algo mais do que aquilo que o ano anterior me trouxe. Desejei-te a felicidade que não me deste, e comemorámos o nosso fracasso. Demos os vivas e deixamos que as peles se tocassem uma vez mais. Sem calor. Sem amor. Sorrimos os dois, arrependidos. Na verdade, não passamos de dois adolescentes. Talvez mais tu do que eu. O corpo de homem que te levanta é o mesmo que te deita abaixo. Esperas encontrar a esperada amada, sem saber se ela chegará a vir. Não sou eu que imploro, és tu que te desfazes. Continuas a evoluir por fora, e a destruir-te por dentro. Nunca te cheguei a salvar porque nunca me chegaste a beijar. Foste tu o monstro e o principie. De agora adiante, o mendigo.
E continuámos a dar vivas como se a noite não caísse. Os corpos não se desejassem e como se eu não esperasse que voltasses a ser aquilo que eu queria para mim. Dizem-nos que quando o ciclo do ano recomeça, a esperança é do tamanho das luzes no céu.
Porque é que a voltaste a matar?